USDA não deve provocar alta nos preços em Chicago

Baixa demanda por grãos dos Estados Unidos limita altas nas cotações

Fonte: Danoil Bianchi/Arquivo Pessoal

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) deve reduzir as suas estimativas para a produtividade do país, mas isso não deve gerar uma valorização forte dos contratos futuros das commodities agrícolas, pois a demanda por grãos norte-americanos encontra-se estável, podendo fazer com que o estoque de passagem total dos Estados Unidos fique estável ou até mesmo cresça este ano.

– O mercado aguarda para saber se o USDA vai reduzir sua estimativa de produtividade, que foi elevada no relatório de agosto. Esse dado é muito importante para o mercado, pois deve começar a dar uma ideia do estoque final nos EUA após a colheita desta safra – diz a AGR Brasil.

Uma produção recorde, combinada com fraca demanda, pode pressionar ainda mais os preços. Após as chuvas que caíram sobre as regiões produtoras dos Estados Unidos em junho, os investidores começaram a especular que a produtividade será mais baixa que o previsto inicialmente pelo USDA – colheita de 106,58 milhões de toneladas de soja e 347,6 milhões de toneladas de milho.

Para a AGR Brasil, o clima ruim teve efeitos limitados na produção. Por isso, ela recomenda que os produtores vendam a produção quando houve tentativas de altas nos preços em Chicago.

– Seja qual for o número de estoques finais anunciado pelo USDA amanhã, tanto para soja quanto para o milho, tais números deverão ser ajustados para cima nos próximos relatórios, com o USDA reduzindo os dados de exportação total norte-americana de forma conservadora, de forma cadenciada nos próximos meses – diz a consultoria. 

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