Recém-independente, Sérvia busca destaque no agronegócio

Com apoio de entidades internacionais, país desenvolve estratégias de irrigação para combater escassez de água

Fonte: Serbia.travel/divulgação

A Sérvia só se tornou um país independente em 2003. Até então, ela integrava a República Socialista Federativa da Iugoslávia, da qual também faziam parte Bósnia e Herzegovina, Croácia, Macedônia, Montenegro e Eslovênia. O atual território sérvio corresponde a uma área pouco menor que a do estado de Santa Catarina, com 57,9% das terras destinadas à exploração agropecuária.

O país está na 66° posição no Índice de Desenvolvimento Humano. Seu ingresso na União Europeia está previsto para 2025.

O Banco Europeu de Recuperação e Desenvolvimento (Berd) e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) sustentam ações para o desenvolvimento do agronegócio sérvio. O país sofre com escassez de água e com as mudanças climáticas, e, dessa forma, busca ampliar os plantios irrigados, que atualmente correspondem a apenas 4% das terras cultiváveis.

Entre os produtos do agronegócio mais exportados pelo país estão tabaco, milho, trigo e maçãs, além de frutas congeladas e nozes. Os principais compradores são outrospaíses europeus. A produção de oleaginosas possui destaque na economia, empregando mais de 180 mil pessoas, segundo dados do Berd. A Sérvia é, inclusive, um dos principais produtores de milho do continente.

Segundo relatório de 2017 do Ministério da indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), as importações de produtos sérvios pelo Brasil somaram U$ 21,2 milhões. Mas a participação do agro nessa conta é tímida: apenas US$ 632 mil, principalmente hortaliças, sementes e tecidos.

As exportações do Brasil para o país europeu, por sua vez, renderam no ano passado US$ 40,8 milhões, referentes principalmente à venda de carne bovina e de frango e café.

Sérvia no futebol

A seleção de futebol da Sérvia foi pela primeira vez a uma copa em 2006, embora a Iugoslávia já houvesse participado do mundial por dez vezes. A última participação dos sérvios ocorreu em 2010, já que eles não passaram nas classificatórias em 2014.

O país tem uma forte ligação com o futebol brasileiro, por causa do ex-jogador Dejan Petković, com passagens marcantes por Flamengo, Vasco, Fluminense e Vitória.

Especialista em cobranças de faltas, Petković foi reconhecido como um dos jogadores mais técnicos atuando no Brasil nos últimos anos e um dos melhores jogadores estrangeiros que já jogaram por aqui.

O sucesso que conquistou no Brasil fez com que o governo sérvio tornasse Pet – apelido carinhoso que ganhou por aqui –  cônsul honorário no Brasil.

Seleção de 2018

Os 23 jogadores da atual seleção chegam à Rússia com experiência de disputas em time europeu, como os meio-campista Nemanja Maksimovic, do Manchester United, e o defensor Branislav Ivanovic, ex-Chelsea e atual jogador do russo Zenit.

Os sérvios enfrentarão o Brasil na fase de grupos no dia 27 de julho. Apesar de serem conhecidos por um futebol habilidoso no passado, a equipe atual não deve passar da primeira fase, já que os rivais Brasil, Costa Rica e Suíça chegam ao mundial em um patamar superior.