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Veja o que pode mexer com o preço da soja nesta próxima semana

Clima, plantio, comercialização são alguns dos pontos que merecem atenção e devem movimentar o mercado nos próximos dias. Confira as dicas!

O clima no cinturão agrícola dos Estados Unidos segue como principal ponto de atenção dos operadores de mercado de soja durante esta próxima semana, mas há outros fatores que podem guiar os preços da soja.

Acompanhe abaixo os fatos que merecem atenção dos produtores. As dicas são do analista de Safras & Mercado Luiz Fernando Gutierrez.

    • O mercado mantém as atenções voltadas para o clima durante a finalização dos trabalhos de plantio e início do desenvolvimento da nova safra norte-americana;
    • Os novos capítulos da guerra comercial e os relatórios de área plantada e estoques trimestrais dos EUA também entram no foco;
    • Os trabalhos de plantio permanecem bastante atrasados no cinturão produtor norte-americano. Até o dia 16 de junho, no fechamento da janela ideal, apenas 77% da área total destinada à soja haviam sido semeada. As chuvas que continuam atingindo os principais estados produtores impedem que as máquinas avancem em um ritmo melhor;
    • Devido aos atrasos e clima desfavorável, ainda existem muitas dúvidas em relação ao verdadeiro tamanho da área e o potencial produtivo da nova safra dos EUA. A Bolsa de Chicago busca amparo nestas dúvidas e ganha certo suporte;
    • O relatório do USDA de área plantada, que será divulgado na sexta-feira, dia 28, deve trazer uma maior clareza sobre estes pontos. A tendência é que o órgão confirme que a área desta temporada terá um corte superior aos 5% estimados inicialmente (em relação à temporada anterior).
    • O mercado deve começar julho bastante agitado. Esperamos uma maior volatilidade daqui para frente, com o mercado se ajustando diariamente frente às atualizações dos mapas climáticos para o cinturão produtor;
    • Atenção também ao relatório de estoques trimestrais dos EUA (também dia 28). A confirmação de estoques recordes na posição 1º de junho pode trazer força para ajustes negativos em Chicago, compensando o provável corte na área;
    • O esperado encontro entre Donald Trump e Xi Jinping durante a cúpula do G-20, nos dias 28 e 29 de junho, fecha o quadro de fatores. Embora o acordo comercial não deva ser firmado neste encontro, é provável que haja novidades importantes para o mercado, alterando as apostas de quando o mesmo será assinado – ou se será assinado.