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Veja o que esperar do mercado de soja na próxima semana

Evolução da guerra comercial entre EUA e China, além do clima nas lavouras norte-americanas devem influenciar nos preços

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na próxima semana. As dicas são do analista de Safras & Mercado, Luiz Fernando Roque:

– O mercado mantém as atenções centralizadas no desenrolar da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Paralelamente, os players analisam a evolução do plantio da nova safra dos EUA e os números de demanda pela soja norte-americana. As últimas estimativas do USDA e notícias sobre a febre suína africana completam o quadro de fatores;

– A elevação das tarifas americanas sobre produtos chineses já está em vigor. Este fato voltou a trazer um grande pessimismo para o mercado, indicando que o esperado acordo comercial entre EUA e China pode não ocorrer tão cedo. A China deverá anunciar, nos próximos dias, uma retaliação frente a este aumento de tarifas dos EUA, provavelmente elevando também as tarifas sobre produtos norte-americanos. Chicago trabalha nos níveis mais baixos em 11 anos refletindo esta piora na relação entre os países. A guerra comercial volta a assustar os mercados mundiais, sendo o principal fator de pressão negativa e de incertezas;

– É possível que esse novo aumento das tensões acelere as negociações entre os governos dos EUA e da China para que um acordo seja assinado no curto-prazo, mas não devemos ser otimistas. Os EUA parecem estar dispostos a levar esta “guerra” às últimas consequências comerciais, pressionando a China para que concessões maiores sejam feitas. Apenas a assinatura do acordo poderá aliviar a pressão sobre os contratos futuros em Chicago;

– O clima continua impedindo que a semeadura do milho e da soja evolua em bom ritmo no cinturão produtor norte-americano. O relatório do USDA de maio, divulgado nesta sexta-feira (10), confirma o sentimento de um corte relevante na produção de soja dos EUA nesta nova temporada. Ainda é cedo para definições, mas no contexto atual podemos esperar uma redução ainda maior na área plantada com a oleaginosa. A safra norte-americana está completamente aberta.

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