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Veja o que pode mexer com o mercado da soja na semana que vem

A guerra comercial entre China e Estados Unidos e a situação das lavouras norte-americanas divide as atenções, segundo a consultoria Safras

lavoura de soja
Declaração de Trump sobre acordo com a China pesou negativamente sobre os contratos futuros da soja. Foto: Canal Rural

A guerra comercial entre China e Estados Unidos e a situação das lavouras norte-americanas divide as atenções do mercado internacional de soja, segundo a consultoria Safras. Completam o quadro a demanda pela oleaginosa dos EUA e o desenvolvimento inicial das plantações no Brasil.

Entenda os pontos de atenção para a próxima semana com ajuda do analista Luiz Fernando Roque.

  • Após semanas de otimismo em relação às negociações comerciais entre EUA e China, o mercado foi pego de surpresa nesta sexta-feira, 8. O presidente Donald Trump afirmou que ainda não concordou com a retirada de tarifas durante a primeira fase do acordo. Os players reagiram negativamente, o que trouxe ajustes negativos aos contratos futuros na Bolsa de Chicago;
  • A grande dúvida continua sendo se a esperada “Fase Um” do acordo será assinada ainda em 2019. Retrocessos nas negociações podem levar o mercado a acreditar que o acordo ficará para o próximo ano. A guerra comercial continua sendo fator decisivo para o mercado em 2020;
  • É importante que novas vendas de soja dos EUA para a China sejam anunciadas nas próximas semanas, para que o mercado continue com suporte acima de US$ 9,10 na primeira posição. A ausência de novas vendas pode levar ao teste desta linha;
  • O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) surpreendeu o mercado em seu relatório de novembro ao trazer uma manutenção na safra e uma elevação nos estoques finais dos EUA na temporada 2019/2020. Os players esperavam por cortes em ambos os números;
  • A melhora climática registrada ao longo de outubro no cinturão produtor norte-americano aparentemente impediu o avanço das perdas produtivas no país;
  • Os trabalhos de colheita estão na reta final e dificilmente teremos grandes mudanças a partir de agora. O mercado pode começar a especular até mesmo um ajuste positivo na produção no último relatório do ano, em dezembro;
  • O clima no Brasil começa a ganhar peso como fator para o mercado. Embora os trabalhos de plantio estejam avançados em nível nacional, há problemas regionalizados em alguns estados;
  • Atenção para os mapas climáticos daqui para frente. Ainda é cedo para se falar em perdas relevantes, mas o sinal amarelo está ligado para alguns estados.