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Veja o que esperar do mercado da soja na próxima semana

Guerra comercial, avanço da colheita nos Estados Unidos, clima no Brasil e apetite chinês são fatores fundamentais para entender o comportamento do mercado nos próximos dias

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Foto: Pixabay/Montagem: Canal Rural

A semana que passou trouxe algumas incertezas sobre a questão da guerra comercial entre China e EUA e também sobre o tamanho da safra norte-americana, que vinha com perspectiva de perda, mas o clima pode não ter contribuído tanto assim para este cenário. 

Os negociadores devem ficar de olho também nos sinais de demanda chinesa pela soja norte-americana e clima para a evolução dos trabalhos de plantio no Brasil. Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na próxima semana. As dicas são do analista de Safras & Mercado, Luiz Fernando Roque:  

  • Sobre a guerra comercial, o mercado foi surpreendido nesta última semana com o cancelamento do fórum da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que aconteceria no Chile em novembro. A expectativa do mercado era que o suposto acordo parcial entre EUA e China seria assinado durante o fórum, em um provável encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping. Apesar do cancelamento, o governo norte-americano disse que está buscando uma nova data e local para a assinatura. Os players agora especulam sobre isso. A dúvida é se esta nova data será ainda em 2019. Novidades podem surgir nos próximos dias.
  •  Os trabalhos de colheita nos EUA voltaram a evoluir em um ritmo melhor nas últimas duas semanas de outubro. Parte dos atrasos iniciais foi recuperada, mas o ritmo continua atrasado frente à média normal para esta época do ano. Com a recente melhora climática, aparentemente as condições das lavouras pararam de piorar e há registros de produtividades acima do esperado em algumas regiões estaduais. Ainda há dúvida com relação ao verdadeiro tamanho da safra dos EUA, mas as perdas podem não aumentar. O relatório do USDA de novembro, que será divulgado no próximo dia 8, pode trazer surpresas e movimentar o mercado.
  • A demanda pela soja norte-americana decepcionou nos últimos dias. Poucas vendas novas para a China foram anunciadas, e os volumes ainda estão longe das 10 milhões de toneladas de soja dos EUA que supostamente sofreram isenção de taxas pelo governo chinês. O mercado espera que novas vendas volumosas sejam anunciadas para voltar a ganhar algum fôlego no curto-prazo.
  • O clima no Brasil começa a ganhar peso como fator. Os trabalhos de plantio melhoraram nas últimas semanas, mas problemas regionalizados ainda são encontrados em alguns estados. O clima precisa ajudar nas próximas semanas para que os trabalhos se encerrem com todo o potencial da safra brasileira mantido.

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