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Soja: USDA prevê quebra de safra menor nos EUA, mas cotação segue elevada

Segundo analista de mercado Carlos Cogo, a breve trégua entre a China e os norte-americanos está dando sustentação a alta dos preços

soja em grão, colheita
soja em grão, colheita

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou nesta quinta-feira, o relatório de oferta e demanda da soja de setembro. Para a entidade, o país irá colher na safra 2019/2020 apenas 98,8 milhões de toneladas de soja, quase 20% menor que a safra anterior. O mercado esperava uma projeção de 97,7 milhões de toneladas. Em agosto a perspectiva era de 100,1 milhões de toneladas.

Em relação aos estoques de passagem na safra 2019/2020, o USDA acredita que será de 17,4 milhões de toneladas, abaixo dos 17,9 milhões de toneladas esperados pelo mercado e dos 21 milhões do relatório de agosto.

O USDA prevê que a produção de soja mundial, na safra 2019/2020, será de 341,39 milhões de toneladas, contra os 341,83 do relatório anterior.

Os estoques globais da oleaginosa temporada 2019/2020 deverão ser cortados para 99,2 milhões de toneladas, enquanto o mercado esperava 101,6 milhões de toneladas.

Cotações

Mais cedo, antes de o relatório ser divulgado, as cotações da soja chegaram a subir mais de 2,50% na Bolsa de Chicago, atingindo os US$ 8,89 por bushel. Logo após a confirmação de que a produção poderá ficar acima do que o mercado previa, os preços recuaram um pouco, mas voltaram a subir e até as 13h30, registram alta de 2,79%.

Segundo o analista de mercado Carlos Cogo, a queda nos preços do dia não devem ser muito grandes. “O corte é menor do que o mercado esperava e isso pode diminuir o ímpeto de alta dos preços. Porém existem outros fatores que pesam em favor dos preços da soja, como a trégua momentânea entre a China e os Estados Unidos, que deve manter os preços mais altos. O dia deve fechar com as cotações mais elevadas, talvez não tanto quanto já ficou mais cedo”, diz.

Brasil e Argentina

A safra brasileira 2018/2019 foi mantida em 117 milhões de toneladas, enquanto a produção argentina teve sua estimativa cortada de 56 milhões para 55,3 milhões de toneladas.

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