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Rio Grande do Sul já colheu 78% da área de soja e produtividade é boa

Algumas lavouras, colhidas na última semana, apresentaram umidade abaixo do ideal e grãos quebrados, mas a produtividade média ainda é boa, afirma a Emater

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Foto: Cely Trevisan/ Prefeitura de Gaúcha do Norte-MT

A colheita da soja segue adiantada no Rio Grande do Sul, segundo levantamento da Emater-RS. Ao todo o estado já retirou 78% da área de 5,7 milhões de hectares, semeados nesta temporada 2018/2019. Das lavouras que ainda faltam, 18% estão na fases de maturação, ou seja, pronta para colher e 4% ainda no enchimento de grãos.

Condição por região

No Alto Uruguai, as boas condições climáticas da semana favoreceram a colheita, que chega a 95% das lavouras, restando áreas de resteva e de variedades tardias. A colheita no Planalto Médio atingiu 90% das lavouras e na região Sul, 55%.

Nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, a soja está em fase final da colheita, restando lavouras tardias, em fase de maturação, e que representam pequeno volume. O produto colhido na última semana apresentou umidade abaixo da ideal e elevada porcentagem de grãos quebrados.

Como consequência, aumentaram as perdas ocasionadas pelo impacto das vagens na plataforma de colheita. A produtividade média está dentro da esperada inicialmente, consolidando uma boa safra na região. Produtores têm demonstrado preocupação pela queda do preço do produto, comparado com o custo elevado no momento da formação da lavoura.

Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, 84% estão colhidos. Na Fronteira Oeste, a colheita está praticamente concluída, favorecida pelos dias ensolarados. A produção varia de acordo com a variedade implantada, a época de semeadura, os tratamentos fitossanitários bem realizados, o tipo e a estrutura do solo, além de outros fatores.

A produtividade média é de cerca de 3.600 quilos por hectare, maior do que a expectativa inicial. Nas Missões, região de áreas maiores com a cultura, a colheita é mais lenta, e o percentual colhido da área é menor. Nas áreas colhidas “no cedo”, já estão sendo realizadas a semeadura de plantas de cobertura e recuperadoras, como o nabo, com bom desenvolvimento inicial, e a utilização de calcário para correção de pH. Em São Luiz Gonzaga, algumas empresas já oferecem sementes resistentes a fungos de solo, a fim de tornar as plantas mais resistentes ao tombamento.

Nas lavouras de soja safrinha em enchimento de grãos, os produtores estão atentos às pragas e doenças de final de ciclo. Na região do Médio Alto Uruguai e Rio da Várzea, a soja safrinha começa a sentir a falta de umidade do solo, condição vital para a fase de enchimento de grão, na qual se encontra a maioria dos cultivos.

Na região Serrana, a colheita está praticamente encerrada nos municípios de menor altitude; porém, segue em ritmo acelerado nos Campos de Cima da Serra, onde cerca de 40% da área ainda precisa ser colhida.

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