A forte alta do dólar, que chegou próximo de R$ 4, animou o mercado brasileiro de soja nesta quarta-feira, dia 24. De acordo com a consultoria Safras&Mercado, os preços da oleaginosa subiram nas principais praças do país e o ritmo dos negócios melhorou. O cenário ao produtor rural só não foi ainda melhor devido à nova queda dos contratos futuros do grão na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).
A Safras indicou que houve reporte de negócios envolvendo 40 mil toneladas de soja no Rio Grande do Sul, além de outras 40 mil toneladas na região do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (Mapitoba) e 15 mil toneladas em Minas Gerais. No total, cerca de 100 mil toneladas foram negociadas no país na quarta-feira.
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Essa maior movimentação teve como causa a alta do preço da soja, que chegou a subir até R$ 2 por saca em algumas regiões do país. Veja o fechamento:
- Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 71,90 para R$ 73,50
- Região das Missões: a cotação aumentou de R$ 70,50 para R$ 72
- Porto de Rio Grande (RS): o preço permaneceu em R$ 76
- Cascavel (PR): preço avançou de R$ 70,50 para R$ 71
- Porto de Paranaguá (PR): a saca passou de R$ 75,50 para R$ 76
- Rondonópolis (MT): a saca seguiu em R$ 68
- Dourados (MS): a cotação subiu de R$ 68 para R$ 70
- Rio Verde (GO): a saca aumentou de R$ 67 para R$ 67,50
Preço da soja no mercado futuro
A fraca demanda por parte da China segue sendo o principal fator de pressão. Com a peste suína atingindo o rebanho do país asiático, a procura pelo farelo cai e, em consequência o esmagamento recua. Como reflexo, a procura pela soja americana diminui, ainda mais em meio à ausência de novidades em torno das negociações entre China e Estados Unidos, em busca de um acordo comercial.
Pelo lado da oferta, há a combinação de uma ampla disponibilidade de produto da América do Sul e a expectativa de área a ser plantada com soja nos Estados Unidos maior do que o esperado inicialmente.
- Maio: US$ 8,55 por bushel (queda de 0,78%)
- Julho: US$ 8,68 por bushel (queda de 0,77%)
