Preço da soja abre o dia com forte queda e quase fica abaixo dos US$ 9 por bushel

Em duas semanas as cotações da oleaginosa acumularam perdas superiores a 11%. Tensão em EUA e China é uma razões para estes recuos

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) abriram esta sexta-feira (15) com uma queda ainda mais forte que nos dias anteriores e chegou a registrar mínima de US$ 9,03 por bushel, recuo de 3%. A semana da oleaginosa também foi desastrosa e deve fechar com perdas
acumuladas em torno de 6%.

O contrato com vencimento para julho 2018 abriu o dia a US$ 9,26 por bushel, mas logo recuou para US$ 9,09 por bushel e por volta das 10h da manhã atingiu os US$ 9,03 por bushel. Este é o pior patamar do preço da soja em mais de um ano.

Os preços praticados nos contratos para agosto de 2018 chegaram a mínima de US$ 9,09 por bushel, após ter aberto o dia a US$ 9,33 por bushel.

No mercado interno brasileiro todos os valores registraram queda de pelo menos R$ 1 por saca. No porto de Santos a saca está cotada a R$ 81, contra os R$ 86 da média registrada em maio. Em Rondonópolis o valor voltou a ficar abaixo dos R$ 69, contra uma média de R$ 76 de maio.

Veja as cotações de hoje

Semana ruim

Os contratos da soja em grão registram preços bem mais baixos nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O mercado volta a cair forte, em meio ao clima favorável ao andamento das lavouras norte-americanas, assim como a continuidade da tensão comercial entre os Estados Unidos e a China. Na semana, as perdas acumuladas giram em torno de 6%. Nas últimas duas semanas, a queda acumulada se aproxima de 11%.

Tensão entre EUA e China

Diante das ameaças americanas em tarifar alguns produtos chineses, o governo do país asiático confirmou a agência de notícias Dow Jones, que pode cancelar os acordos comerciais recém negociados com os Estados Unidos.

“A China publicou uma declaração após a recente visita do Secretário de Comércio, Wilbur Ross, na qual ficou claro que, se os Estados Unidos lançarem medidas comerciais, tais como a imposição de tarifas, os acordos não entrarão em vigor”, disse o porta-voz do ministério de Relações Exteriores da China, Geng Shuang, em coletiva de imprensa.

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