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Para ter rentabilidade, sojicultor aposta em reforma de pasto e energia solar

Para quem acha que é fácil produzir soja em estados considerados fronteiras agrícolas, a história de um produtor de Rondônia pode esclarecer os desafios

Em Vilhena, Rondônia, produtores estão aumentando a renda e diminuindo custos com iniciativas de preservação do meio ambiente, diversificação de produção e economia com energia elétrica.

O trabalho nos 2,5 mil hectares que o produtor Jair Gollo semeia soja, se divide em três eixos: preservar, diversificar e economizar. A preservação é notada na proteção à nascente do rio, em pleno bioma amazônico e também nas áreas de pasto degradado, que estão sendo preparadas para o plantio da nova safra de soja.

Mesmo sendo o primeiro ano de uso destas áreas recém reformadas como lavouras, o produtor está otimista e espera conseguir 62 sacas por hectare.

“A gente utiliza hoje, para lavoura, áreas de pastagens velhas, que já estão degradadas. O cara tem que mexer com a terra para arrumar. Então geralmente você faz lavoura e depois, com um tempo, se é viável, a gente volta a fazer pasto”, conta Gollo.

E quando se fala em pasto vem o segundo pilar: a diversificação. Na propriedade de Gollo, essa integração integração lavoura-pecuária é bastante organizada. Em 10 dias, os animais são retirados dali e levados para recria ou abate. Com isso a área começará a ser usada para o plantio de soja.

Segundo o pesquisador da Embrapa Vicente Godinho, a presença da pecuária melhora a qualidade do solo e da cobertura para a chegada da soja.

“A braquiária normalmente têm folhas que são mais difíceis de decompor. Então elas ficam protegendo o solo por um período muito mais prolongado. Você pega um período mais seco como o atual, com solo coberto com braquiária, e pode até começar a plantar mais cedo, pois o solo vai segurar mais água e, consequentemente, as culturas subsequentes têm uma produtividade melhor”, afirma.

Já na parte da economia, Gollo conseguiu com a instalação de placas de energia solar no início do ano. Mesmo com o uso do secador, os gastos caíram 60%. E em cinco anos ele vai pagar o investimento e espera zerar a conta com o crédito de energia acumulado.

“Estamos usando esse dinheiro da economia para pagar o financiamento. Depois de cinco anos quitamos o financiamento, aí sim é lucro, é dinheiro que volta para o caixa”, diz.

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