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Cotação da soja dispara mais de 2%, após confirmação de chuvas nos EUA

O analista da Safras & Mercado Luiz Fernando Gutierrez explica o que está acontecendo com o preço do grão nesta quarta-feira

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Foto: Pixabay

Um mapa meteorológico do NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) gerou grande alvoroço na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira, dia 12. As cotações da soja que abriram o dia em queda, após receberem a informação de fortes chuvas nas áreas de agricultura dos Estados Unidos, reverteram e passaram a acumular alta superior a 2%.

Os contratos com vencimento em julho têm preço de US$ 8,80 por bushel, alta de 21,50 centavos de dólar, ou 2,47%, em relação ao fechamento anterior. A posição setembro é cotada a US$ 8,97 por bushel, alta de 21,10 centavos de dólar, ou 2,42%, em relação ao fechamento anterior.

Segundo o analista Luiz Fernando Gutierrez, da Safras & Mercado, estas chuvas de fato interferem nas cotações, já que os outros quesitos para elevação do preço são baixistas. “O relatório do USDA foi baixista e a tendência era de queda ou estabilidade. Mas essa alta se deve sim a especulação em cima do clima”, confirma o analista.

“Acho um pouco exagerado esse movimento. O clima está mais seco nesta semana, devendo permanecer até sexta ou sábado. Os trabalhos vão andar bem. É possível que avancem de 20% a 30% na semana. O excesso de umidade retorna apenas no sábado ou no domingo. Daí vai depender se essa unidade vai continuar na próxima semana ou não”, diz Gutierrez.

Para o analista uma alta acentuada dos preços pode gerar uma correção mais forte, também. “Isso pode até não acontecer nesta semana, mas na próxima há espaço para isso”, afirma.

Abertura de mercado

Mais cedo o mercado foi pressionado pela indicação de estoques norte-americanos acima do esperado pelo Departamento de Agricultura do país (USDA), mas reabriu em alta seguindo os vizinhos milho e trigo.

Relatório do USDA

Para a soja, o levantamento divulgado ontem foi considerado entre neutro e baixista, ao indicar estoques americanos acima do esperado e mantendo a previsão de produção americana. Há expectativa de que o USDA possa revisar os dados no próximo relatório, por conta do atraso do plantio na safra norte-americana.

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