USDA prevê safra de soja menor no Brasil e nos Estados Unidos

Mercado esperava uma elevação na produção. Nova estimativa faz preço reagir depois das quedas seguidas e cotação na Bolsa de Chicago fecha em alta

O relatório de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu a estimativa de produção de soja norte-americana e da brasileira. O número também ficou abaixo do esperado pelo mercado.

A produção 2018/2019 foi reduzida de 127,7 milhões de toneladas, para 127,6 milhões de toneladas. O mercado apostava em 128,8 milhões de toneladas. Os estoques finais em 2018/2019 estão projetados em 24 milhões de toneladas. O mercado trabalhava com um número de 23,4 milhões de toneladas. Em setembro, a estimativa era de 22,9 milhões de toneladas.

Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 120,5 milhões de toneladas, mesmo número do ano anterior. A previsão para a Argentina permaneceu em 57 milhões de toneladas.

Pelo lado da demanda, destaque para a manutenção da previsão das importações chinesas na casa de 94 milhões de toneladas.

Para a temporada 2017/2018, o USDA estima safra mundial de 337,45 milhões. Os estoques finais foram indicados em 96,65 milhões de toneladas. O mercado apostava em número de 95,4 milhões de toneladas.

Preços reagem

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja tem preços mais altos para grão e farelo, e cotações mistas para óleo no meio-pregão de hoje. O mercado busca suporte no corte inesperado na safra de soja norte-americana. Porém, os bons ganhos logo após a divulgação do relatório de oferta e demanda do USDA diminuíram, já que houve elevação nos estoques finais do país e no mundo.

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 6,00 centavos de dólar a US$ 8,58 por bushel, com valorização de 0,7%. A posição janeiro teve cotação de US$ 8,72 por bushel, ganho de 6,50 centavos de dólar (0,75%) em relação ao fechamento anterior.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com ganho de US$ 1,10 (0,34%), sendo negociada a US$ 316,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 29,02 centavos de dólar, com alta de 0,09 centavo ou 0,31%.

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