Soja

Soja: Chicago cai pelo segundo dia seguido e fecha abaixo de US$ 9 por bushel

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

plantação de soja no Maranhão
Foto: Carlos Santos

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a terça-feira, dia 15, com preços mais baixos. O vencimento março encerrou o dia cotado a US$ 8,93 por bushel, queda de 1,13% ou 10,25 centavos de dólar. Foi o segundo pregão consecutivo de perdas.

O mercado tentou reagir no início do dia, mas se consolidou no território negativo, fechando perto das mínimas da sessão.

A indefinição e a falta de novidades sobre um possível acordo comercial entre Estados Unidos e China preocupam os produtores americanos. A demanda pela soja do país é fraca e o desaquecimento amplificado pelas preocupações com a economia global, que retiram investimentos das comodities, com operadores buscando opções mais seguras.

Para completar o quadro negativo, traders citaram uma melhora nas previsões climáticas no Brasil, amenizando a perda no potencial produtivo diante da falta de chuvas.

A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (Nopa) informou que o esmagamento de soja atingiu 171,76 milhões de bushels em dezembro, ante 166,95 milhões em novembro. O número ficou acima da expectativa dos analistas, de 170 milhões de bushels.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 8,93 (-10,25 cents)
  • Maio/2019: US$ 9,06 (-10,50 cents)

Brasil 

O mercado brasileiro teve uma terça-feira de quedas nas cotações. A forte baixa na Bolsa de Chicago pressionou os preços domésticos. Assim, o mercado seguiu travado, à exceção de alguma movimentação reportada em São Paulo, diante de necessidade do comprador.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 73
  • Cascavel (PR): R$ 69
  • Rondonópolis (MT): R$ 65
  • Dourados (MS): R$ 67
  • Santos (SP): R$ 76
  • Paranaguá (PR): R$ 74,50
  • Rio Grande (RS): R$ 76,50
  • São Francisco (SC): R$ 76
  • Confira mais cotações

Milho

A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços acentuadamente mais baixos. Em sessão de poucas notícias significativas, o mercado seguiu a queda da vizinha soja e também foi pressionado pela falta de informações em relação às conversas entre Estados Unidos e China.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 3,71 (-7,25 cents)
  • Maio/2019: US$ 3,79 (-7,25 cents)

Brasil

O mercado brasileiro manteve preços pouco alterados nesta terça-feira, com uma ou outra modificação. “O quadro climático ainda é preocupante em diversas regiões do país. O avanço da colheita de soja é outro complicado”, afirma o consultor de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Rio Grande do Sul: R$ 36
  • Paraná: R$ 36
  • Campinas (SP): R$ 41,50
  • Mato Grosso: R$ 27
  • Porto de Santos (SP): R$ 37
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 36
  • Porto de São Francisco (SC): R$ 36
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Café

O mercado brasileiro de café teve uma terça-feira de preços estáveis. O mercado teve um dia travado na comercialização. A queda de Nova York foi compensada pela subida do dólar, o que levou à estabilidade.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 405 a R$ 410
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 410 a R$ 415
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 340 a R$ 345
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 300 a R$ 305
  • Confira mais cotações

Bolsa de Nova York

O café arábica encerrou as operações com baixas nas cotações. De acordo com traders, os preços caíram diante da valorização do dólar contra o real e outras moedas, em um dia de aversão ao risco nos mercados, o que pressionou parte das commodities.

Dados da China mostraram sinais de enfraquecimento da economia do país, que podem impactar os mercados globais.

Os fundamentos seguem de pressão sobre as cotações, com a oferta tranquila para os consumidores.

Segundo relatório consolidado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), no ano passado o Brasil exportou 35,2 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. O dado representa aumento de 13,9% em relação a 2017. A receita cambial com as exportações de café no período alcançou US$ 5,1 bilhões, decréscimo de 3% em relação ao ano anterior. Já o preço médio foi de US$ 144,53, queda de 14,9% sobre o valor de 2017.

Tecnicamente, NY se manteve acima da importante linha de US$ 1 a libra-peso, com a mínima do dia para março ficando em 100,40 centavos de dólar por libra-peso.

CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US¢ 101,30 (-1,45 cent)
  • Maio/2019: US¢ 104,55 (-1,70 cent)

Bolsa de Londres

O robusta encerrou as operações da terça-feira com preços de estáveis a ligeiramente mais baixos. Segundo traders, o mercado foi pressionado em Londres pelas perdas de Nova York para o arábica, além da alta do dólar contra o real e outras moedas, em dia de aversão ao risco.

Entretanto, a sessão foi volátil e o mercado teve as perdas reduzidas por fatores técnicos, com cobertura de posições vendidas.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

  • Março/2019: US$ 1.527 (-US$ 1)
  • Maio/2019: US$ 1.552 (sem variação)

Nova call to action

Boi gordo

O mercado do boi gordo trabalhou firme em São Paulo nesta terça-feira, dia 15. De acordo com a Scot Consultoria, o volume de oferta de gado está regulado e as escalas atendem em média cinco dias, o que limita pagamentos menores. Contudo, o lento escoamento da produção segura ofertas de preços maiores.

“Vale evidenciar que a disponibilidade de vacas tem aumentado na praça paulista e alguns frigoríficos têm optado por compor boa parte das escalas de abate com fêmeas”, diz a Scot. Ainda no estado, a demanda por novilhas está em ascensão e as indústrias oferecem em média de R$ 4 a R$ 5 a mais por arroba desta categoria, em relação ao preço da vaca.

No restante do país, no levantamento desta terça, considerando o preço do boi gordo a prazo, houve seis praças com valorizações e seis com desvalorizações.

Dentre os estados com ajustes positivos, destaque para o Rio Grande do Sul que segue o movimento de alta e acumula 3,0% de aumento no preço da arroba desde o começo do mês.

Do outro lado, em algumas praças de Minas Gerais, o consumo não cresce e as ofertas de preços menores têm ganhado força.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 150,50
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 146
  • Goiânia (GO): R$ 137
  • Dourados (MS): R$ 141
  • Mato Grosso: R$ 132 a R$ 136
  • Marabá (PA): R$ 131
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 5,10 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 150
  • Paragominas (PA): R$ 136
  • Tocantins (sul): R$ 134
  • Veja a cotação na sua região

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,67%, sendo negociado a R$ 3,7260 para venda e a R$ 3,7240 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,6960 e a máxima de R$ 3,7280.

O Ibovespa, principal indicador das ações negociadas na B3, antiga BM&F Bovespa, fechou o pregão em queda de 0,44%, aos 94.055 pontos. Na segunda-feira, o índice havia batido recorde ao fechar aos 94.474 pontos.


Previsão do tempo para quarta-feira, dia 16

Sul

As instabilidades ainda atuam, e a chuva persiste em toda a região Sul do país. Desta vez, os maiores acumulados ficam concentrados no sul gaúcho e ainda há risco de temporais com trovoadas e descargas elétricas desde o norte do estado até o Paraná.

Mais uma frente fria avança e provoca rajadas de até 80 km/h no sul do Rio Grande do Sul e de 70 km/h na região metropolitana de Porto Alegre. A temperatura até cai no Rio Grande do Sul após o avanço do sistema frontal, diminuindo o calor intenso. Ainda assim, os termômetros devem registrar temperaturas acima dos 30°C.

Por outro lado, o calor é ainda mais intenso no Paraná com a aproximação do sistema frontal.

Sudeste

As instabilidades aumentam devido à aproximação de mais uma frente fria, e a chuva retorna sobre a maior parte do Sudeste. As pancadas ainda ocorrem de forma rápida, e o calor segue intenso.

As altas temperaturas ainda servem de combustível para os temporais que atingem o oeste e o norte de São Paulo, além de boa parte de Minas Gerais, com trovoadas, descargas elétricas e até eventual queda de granizo.

O tempo firme persiste apenas no extremo norte mineiro, sob o efeito da massa de ar seco.

Centro-Oeste

As instabilidades ganham força, e a chuva retorna de forma generalizada em toda a região central. O risco para temporais aumenta, ainda que de forma pontual.

Há possibilidades para pancadas de chuva acompanhadas por trovoadas e descargas elétricas no leste de Mato Grosso do Sul, norte de Goiás, além de áreas de Mato Grosso.

Nordeste

Poucas mudanças no tempo, ainda com chuva sobre a maior parte da região nordestina. Desta vez, os maiores acumulados ficam concentrados apenas no litoral do Maranhão devido à atuação de uma faixa de nuvens carregadas conhecida como Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).

Por outro lado, a massa de ar seco avança e diminui a chance de chuva sobre a maior parte da Bahia, onde o sol deve predominar entre poucas nuvens ao longo do dia.

Norte

As instabilidades tropicais mantêm a expectativa de chuva no Norte do país de forma generalizada. Os maiores acumulados ficam concentrados na metade norte do Amazonas devido à combinação entre o calor e a alta umidade da Amazônia.