Boi

Boi gordo: mercado está ruim para compradores e vendedores, diz Scot

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

bois gordos
Foto: Semagro/MS

O cenário comum no mercado do boi gordo é de dificuldade de compra e lento escoamento da carne, segundo a Scot Consultoria. “Ou seja, está ruim para comprar e ruim para vender”, explicam analistas. Diante disso, há um equilíbrio nas referências na maioria das praças pecuárias, como observado no fechamento desta quarta-feira, dia 23.

Nas praças que registraram alterações nas referências, a oferta de boiadas foi o fator limitante para as mudanças de preços. Onde a oferta está um pouco mais confortável, as indústrias pressionam as cotações para baixo e, onde há maior dificuldade de compras, pagamentos acima das referências são comuns.

“Vale destacar que devido à maior oferta de vacas, o que é comum para esse período do ano, está mais fácil negociar esta categoria em relação aos machos e, devido a essa maior dificuldade na compra de machos, muitas indústrias estão buscando novilhas para compor as escalas de abate”, diz a Scot.

Na maioria das praças, a novilha é negociada com um ágio de R$ 2 por arroba frente a vaca gorda. Mas a depender da necessidade do frigorífico e a qualidade dos animais, em alguns casos há negócios pontuais fechados com até R$ 8 por arroba de ágio.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 150,50
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 143
  • Goiânia (GO): R$ 137
  • Dourados (MS): R$ 139
  • Mato Grosso: R$ 132 a R$ 137
  • Marabá (PA): R$ 131
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 5,25 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 148,50
  • Paragominas (PA): R$ 135
  • Tocantins (sul): R$ 134
  • Veja a cotação na sua região

Soja

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a quarta-feira, dia 23, com preços mais altos. Após a queda na terça, o mercado teve um dia de recuperação, com os agentes aproveitando para fazer compras de barganha.

O clima seco no Brasil continua sendo motivo de preocupação. A perspectiva de uma queda ainda mais consistente no potencial produtivo brasileiro ajudou na recuperação.

Após os rumores negativos de terça, o mercado deixou em segundo plano as preocupações com um possível adiamento das conversas entre representantes chineses e americanos. A busca por uma solução comercial entre os dois países ainda está em pauta e o sentimento foi de maior otimismo.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 9,15 (+5,75 cents)
  • Maio/2019: US$ 9,28 (+6 cents)

Brasil 

O mercado interno teve um dia de preços mistos e de moderada melhora no ritmo dos negócios. Chicago subiu, mas o dólar recuou. Destaque para operações envolvendo 10 mil toneladas no Rio Grande do Sul, outras 10 mil no Mato Grosso e 20 mil no Paraná.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 76,50
  • Cascavel (PR): R$ 72
  • Rondonópolis (MT): R$ 66,50
  • Dourados (MS): R$ 66,50
  • Santos (SP): R$ 76,50
  • Paranaguá (PR): R$ 77,50
  • Rio Grande (RS): R$ 78
  • São Francisco (SC): R$ 78
  • Confira mais cotações

Milho

A Bolsa de Chicago  para o milho fechou com preços próximos da estabilidade. O mercado perdeu força frente aos ganhos observados mais cedo, seguindo o comportamento do petróleo, que inverteu de posicionamento e opera em queda.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 3,78 (-0,25 cent)
  • Maio/2019: US$ 3,87 (estável)

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Rio Grande do Sul: R$ 38
  • Paraná: R$ 36,50
  • Campinas (SP): R$ 40,50
  • Mato Grosso: R$ 27
  • Porto de Santos (SP): R$ 37,50
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 36,50
  • Porto de São Francisco (SC): R$ 36
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Café

Os preços internos do café teve uma quarta-feira de pouca alteração. Mas o mercado esteve mais ativo, com os compradores buscando mais as negociações com necessidade de oferta.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 410 a R$ 415
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 410 a R$ 415
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 340 a R$ 345
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 300 a R$ 305
  • Confira mais cotações

Bolsa de Nova York

O arábica encerrou as operações com preços mais baixos. Segundo traders, o mercado teve um dia de busca de direção, aguardando notícias, e acabou tendo um final de sessão com acomodação técnica. Fatores técnicos predominaram.

O mercado trabalhou dentro de margens mais estreitas, e chegou a ter tanto perdas quanto ganhos no dia.

Os preços seguem relativamente distantes de testar novamente a linha de US$ 1 a libra-peso, mostrando suporte acima deste patamar. Por outro lado, os fundamentos indicando oferta tranquila limitam maiores avanços nas cotações.

CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US¢ 103,40 (+0,05 cent)
  • Maio/2019: US¢ 106,65 (+0,05 cent)

Bolsa de Londres

Os preços do robusta ficaram moderadamente mais altos frente ao fechamento anterior. Segundo traders, as cotações foram sustentadas por fatores técnicos, com cobertura de posições vendidas após as perdas registradas na terça-feira.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

  • Março/2019: US$ 1.523 (+US$ 7)
  • Maio/2019: US$ 1.547 (+US$ 7)

Nova call to action

Dólar e Ibovespa

O Ibovespa, o principal índice de desempenho das ações negociadas na B3, antiga BM&F Bovespa, voltou hoje (23) a bater mais um recorde. O indicador encerrou o dia aos 96.558 pontos, 1,53% superior ao fechamento de ontem. O recorde anterior do índice era 96.096 pontos, atingido na última sexta-feira (18).

O dólar comercial fechou o dia em queda de 1,11%, cotado a R$ 3,76. O Euro também desvalorizou e chegou a R$ 4,28, queda de 1,09%.


Previsão do tempo para quinta-feira, dia 24

Sul

A frente fria já se afasta em direção ao oceano, e a chance de chuva forte diminui sobre o Rio Grande do Sul. As pancadas persistem no oeste e metade norte gaúcho, mas de forma bastante isolada.

Após a passagem da frente fria, uma massa de ar seco avança e traz o tempo firme de volta com sol entre poucas nuvens no extremo sul gaúcho.

Já entre Santa Catarina e Paraná, as pancadas de chuva persistem, com potencial para trovoadas e raios, especialmente no Paraná.

Sudeste

Ainda há chance de chuva forte em todo o estado de São Paulo, onde as pancadas devem vir acompanhadas por trovoadas e descargas elétricas, devido ao calor e à alta umidade. Desta vez, os maiores acumulados ficam concentrados entre o litoral norte paulista e o litoral sul fluminense, devido ao avanço de uma frente fria, mesmo que de forma costeira.

Em boa parte de Minas Gerais, sul capixaba e norte fluminense, o tempo firme ainda predomina, por conta de uma massa de ar seco.

Centro-Oeste

Ainda chove sobre boa parte da região devido a instabilidades no interior do continente. Não se descarta o risco para temporais, ainda que de forma pontual, no sul de Mato Grosso, sul de Goiás, além do leste de Mato Grosso do Sul.

Por outro lado, o tempo firme predomina com sol entre poucas nuvens no norte e leste de Goiás, devido ao avanço de uma massa de ar seco que inibe a formação de nuvens carregadas.

Nordeste

A massa de ar seco começa a perder intensidade, e o tempo firme persiste somente no interior da Bahia.

Nas demais áreas do Nordeste, não se descarta a chance de pancadas de chuva, especialmente no Maranhão, onde, mesmo que de forma pontual, há risco para queda de granizo devido à formação de uma área de instabilidade no alto da atmosfera.

Norte

As instabilidades aumentam em áreas do oeste do Amazonas e do Acre, onde os acumulados podem ser mais expressivos. Nas demais áreas, as pancadas são rápidas e sem grande intensidade.