Transporte de cargas vivas divide opiniões

O Ministério Público Federal pediu, por meio de parecer, a revalidação da liminar que proibiu a saída de carga viva de todos os portos brasileiros, suspensa pelo Tribunal Regional Federal da 3ª região no começo do ano, depois de a União afirmar que a medida implicaria uma grave lesão à economia pública, além de provocar perda de mercado e quebra de confiabilidade no país. Nesse novo parecer, o procurador regional da República na 3ª região, Sérgio Monteiro Medeiros, diz que a exportação de animais vivos para serem abatidos no exterior viola a constituição, é um ato de crueldade e, portanto, deve ser proibida. Medeiros observa ainda que a União não apresenta dados suficientes que comprovem que o veto à exportação de carga viva traria prejuízos aos cofres públicos. O vice-presidente da Associação Brasileira de Exportadores de Animais Vivos, Valdner Bertotti, não concorda com a postura de Sergio Medeiros e afirma que não são aplicados maus tratos aos animais transportados vivos.