Enquanto agricultores terminam a colheita da soja, a segunda safra de milho começa. Esta é a situação da fazenda de Antonio Carlos Corte, em Conchal, no interior de São Paulo.
“Fazemos essa opção porque a finalidade normalmente é aumentar a rentabilidade da área. Por isso que fazemos ‘safrinha’, não que seja tão bom, mas ajuda em alguma coisa, se você não tiver nenhum contratempo. A finalidade é aumento de receita mesmo, e aproveitamento melhor da terra também”, conta Corte.
Para a soja, a expectativa é que sejam colhidas cerca de 25 mil sacas, uma média de 65 sacas por hectare. O clima na região contribuiu para essa produtividade, que é muito acima da média nacional de 52 por hectare.
Notícias Relacionadas
“Esse ano foi muito bom, a chuva incidiu bem, não teve problema, teve um enchimento bom das vagens de soja, foi show de bola, não tem do que reclamar. Esse ano foi um ano excepcional para a produção de soja”, afirma o engenheiro agrônomo Nelson Miranda.
“O solo, por enquanto, está úmido. Temos plantado em cerca de três milímetros de profundidade. Então, a semente vai aguentar, vai germinar, se você for ver é um plantio direto com bastante palhagem, vai segurar mais a umidade. Temos algumas previsões de chuva mais para frente e é torcer para vir uma chuva boa pra ter um desenvolvimento da cultura do milho safrinha”, comenta.
Outros estados
Diferentemente de São Paulo, o clima prejudicou o calendário de colheita e plantio em alguns estados. Em Mato Grosso, por exemplo, a chuva dos últimos dias causou prejuízo nas lavouras. Apesar disso, o setor continua confiante, já que quase 50% da safra de milho de segunda safra já foi plantada.
De acordo com o diretor de commodities da FC Stone, Glauco Monte, a chuva cessou as atividades e atrasou consideravelmente as atividades.
“No geral ainda, se a gente comparar, temos Mato Grosso bastante adiantado em relação à colheita, mesmo com esses atrasos nas últimas semanas. Por mais que tenha chovido, a colheita já estava bastante adiantada, pode ter tido alguns impactos, alguns problemas pontuais, mas no geral estimamos uma safra muito boa”, diz.
Se os produtores de Mato Grosso ainda têm confiança, os do Paraná devem ficar em alerta.
“O Paraná está um pouco mais preocupante, porque está um pouco mais atrasado em relação ao histórico. Caso você não tenha essa chuva cessando e a retomada rápida das atividades de colheita, pode representar certa mudança em termos da projeção no final da safra”, completa Monte.
