Soja abre a semana acima dos US$ 10 em Chicago

Clima favorável nos EUA provocou pequenas quedas na cotação. Confira notícias sobre milho, café, boi, dólar e previsão do tempo

Fonte: Embrapa/divulgação

Apesar de registrar pequenas baixas, o mercado internacional de soja inaugurou a semana com estabilidade. Na manhã desta segunda-feira, dia 17, a oleaginosa esteve cotada a US$ 10,09 por bushel na Bolsa de Chicago, para contratos com entrega em novembro. Perspectivas melhores de clima nos EUA justificam as pequenas quedas na cotação.
Na sexta-feira, dia 14, o mercado interno de soja encerrou a semana pouco agitado nas principais praças de comercialização do país. A oleaginosa voltou a subir em Chicago, fechando com bons ganhos, entre 12,75 e 15,5 pontos nos principais vencimentos. Porém a moeda norte-americana neutralizou parte desses ganhos, e os preços domésticos tiveram oscilação mista. Deste modo, o mercado permaneceu calmo, sem registro de negócios significativos.
RS: oscilação mista nos preços e sem negócios relevantes.
PR: preços mistos e poucos negócios.
MT: dia de pouca movimentação e preços inalterados.
MS: alta nos preços, porém sem movimentação relevante.
GO: cotações inalteradas e negócios escassos.
SP: preços de estáveis a mais firmes e pouca movimentação.
MG: não houve mudança nos preços, e as cotações ficaram inalteradas.
SC: negócios escassos e sem alteração nos preços.
BA: queda nos preços e mercado bastante lento.
MA: cotações inalteradas e sem movimentação relevante.
PI: dia de preços estáveis e mercado lento.
TO: não houve registro de movimentação relevante e os preços ficaram inalterados.
Veja mais preços da soja.

O milho avança
Os negócios vão avançando, mas os preços no interior se posicionam acima da paridade de exportação, o que pode limitar novos negócios para embarques futuros.
Em Mato Grosso, o mercado basicamente tenta negociar nos leilões, porém parece que os mecanismos do governo já não estão oferecendo a mesma liquidez. Nos leilões da semana passada, foram negociadas apenas 124 mil toneladas nos dois mecanismos. Então, isto quer dizer que o milho está encalhando no mercado do estado ou saindo via exportação com preços bem abaixo da paridade. Preços locais agora mais variados diante do avanço da colheita e do aumento da pressão de venda, desde R$ 12 até R$ 16,50. O estado tem ainda metade da safra a colher.
No Rio Grande do Sul, as ofertas de milho tributado começam a chegar a R$ 27 CIF mais ICMS, com origens PR e MS. Com Paranaguá tendo preços baixos, as ofertas tendem a convergir mais para o mercado interno. Mercado local com preços de R$ 26/R$ 27 no interior, e o produtor ainda está sem pressa para fortes vendas.
Em Santa Catarina, o mercado trouxe preços de R$ 26,50/R$ 27,50, resistindo a níveis mais baixos. Tributado com boatos de negócios a R$ 26,50 CIF mais ICMS para o Oeste do estado. Compradores no litoral a R$ 27,50.
Em São Paulo, notícias de negócios na região de Guaíra a R$ 23/R$ 23,50 pelo produtor. Colheita vai se iniciando e cresce o volume de ofertas com entregas nesta segunda quinzena de julho a R$ 24/R$ 24,50 na Sorocabana e Mogiana. A questão é que Santos indicou hoje R$ 27,50 para agosto e R$ 28 nos meses seguintes. Esses preços nivelam a Sorocabana, pelo menos, nos níveis de R$ 20/R$ 21 ou R$ 23,50/R$ 24,50 CIF região de Campinas. O mercado interno dificilmente seguirá pagando preços muito acima dos níveis da paridade de exportação. Portanto, com colheita paulista apenas no início, o quadro ainda é de pressão no mercado local. Ofertas no tributado a R$ 27,50/R$ 28 com ICMS incluso, porém sem compradores no dia.
Em Goiás, o mercado mostrou-se um pouco mais difícil na comercialização. Produtores vão cumprindo contratos, tradings e compradores internos absorvem os lotes e diminuem pressão por compras novas. Indicações a R$ 17/R$ 18 no sudoeste do estado e negócios no dia foram discretos. Produtores seguem vendendo um pouco mais de soja. Sorgo com ideias entre R$ 14/R$ 15.
Em Minas Gerais, o mercado apresentou alguma movimentação na semana, e exportadores perderam fôlego na formação de preços. Colheita de safrinha deve avançar na segunda quinzena, e preços indicados no Triangulo estão entre R$ 21/R$ 22. Ofertas no momento acima de R$ 23. Sorgo com indicações a R$ 18,50 CIF Uberlândia. Espera-se um avanço de vendas por parte das tradings no mercado local se os preços de mercado interno ficarem acima dos níveis de porto.
Confira outras cotações do milho.

Café no ponto
Na sexta-feira, dia 14, o mercado físico foi mais lento, com negócios pontuais. Apesar da alta na Bolsa de Londres, o dólar não colaborou e desanimou o mercado. Porém algumas cooperativas aproveitaram para negociar o café remanescente.
No Sul de Minas, a Cocatrel vendeu para Volcafé 2.970 sacas de café remanescente a R$ 469. E a Minasul vendeu para Stockler 1.034 sacas a R$ 464 (safra/16). O dia foi de menor volume negociado e com preços estáveis. Os lotes mais finos oscilaram de R$ 470 a R$ 475 até R$ 480. E as bicas com 15% de cata, em torno de R$ 455 a R$ 460, com 20% de cata na faixa de R$ 450 a R$ 455. Já o mercado futuro ficou bem devagar, mesmo mantendo suas cotações. Ideia para embarque setembro/18 em torno de R$ 510 a R$ 520 e para embarque setembro/19, na faixa de R$ 535 a R$ 545.
Na Zona da Mata, dia de poucos negócios. O café rio continua com boa demanda por parte de maquinista, e a base com 20% de cata gira em torno de R$ 415 a R$ 420. Os cafés de bica dura ficaram na faixa de R$ 445 a R$ 455 com 20% de cata. E para os lotes de bica dura com xícara riada, entre R$ 430 a R$ 435.
No Cerrado mineiro, o mercado manteve um bom ritmo de negócios. E os preços ficaram firmes. Ideia para lotes mais finos ficou na faixa de R$ 470 a R$ 475 até R$ 480 se for extrafino e com certificado. E os cafés de bica dura, entre R$ 455 até R$ 470. O mercado do café cereja descascado continua com bases mais largas por conta da peneira e se tiver certificado. Por isso trabalhou em torno de R$ 500 a R$ 510 até R$ 515. Mercado futuro com boa procura para entrega até setembro/2018, oscilando na faixa de R$ 520 a R$ 530 até R$ 540. Para 2019, entre R$ 545 a R$ 560. E para 2020 a ideia gira na faixa de R$ 570 a R$ 590 até R$ 600.
No Espírito Santo, mercado nominal e curto de oferta. A base para lotes de conilon tipo 7 gira na casa de R$ 405 a R$ 410, e a bica de conilon tipo 7/8, na faixa de R$ 400 a R$ 405. Também pouco alterado, o café rio com 20% de cata oscila entre R$ 415 e R$ 420.
Em Mogiana (SP), os cafés da safra nova começam a aparecer mais efetivamente e movimentam o ritmo do mercado, mas ainda com volume dosado. Ideia para café fino oscila entre R$ 475 e R$ 480, e os lotes de bica natural, em torno de R$ 455 até R$ 470, conforme a qualidade.
Veja outros preços do café.

Boi na “boca” da seca
No balanço da semana passada, na média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados pesquisadas pela Scot Consultoria, houve queda de 0,6%. O cenário ainda é de lentidão no mercado. Quando há interesse, são dois os motivos que explicam o mercado travado.
O primeiro é o receio quanto ao futuro da arroba do boi gordo. Em um ano cheio de desafios, o pecuarista está retraído nas negociações de reposição, desconfiado quanto aos rumos que tomará o mercado do boi gordo. O resultado é o baixo estímulo nas negociações.
Por outro lado, quando há interesse do recriador em repor seu rebanho, os preços ofertados aos criadores são de maneira geral abaixo das referências. Diante dessas ofertas menores, os criadores resistem, e os negócios não avançam.
O fato é que estamos na “boca” do período da seca, e os pastos estão perdendo capacidade de suporte, fator que será limitante para a retenção. O mercado, no curto prazo, tende a ficar mais claro, pois de um lado os pecuaristas terão de entregar a boiada para a indústria e de outro os criadores terão que negociar seus animais.
Neste momento, para o criador, é preciso estar atento às condições de pastagem e buscar negócios pontuais. Já para o recriador é importante analisar seus custos e traçar suas estratégias para o próximo ciclo. Com os preços de reposição atrativos, é possível encontrar oportunidades interessantes nesse mercado.
Confira mais cotações do boi. 

Dólar de volta a maio
O dólar comercial passou a sexta-feira, dia 14, pressionado por dados de inflação ao consumidor (CPI) e vendas no varejo dos Estados Unidos, referentes a junho, que vieram abaixo das expectativas. A moeda voltou ao patamar do início de maio, anterior à eclosão da crise política, e deve ser pautada pelo movimento externo na próxima semana. Ao final da sessão, a divisa marcou baixa de 0,74%, a R$ 3,1860, após transitar entre a máxima de R$ 3,2120 (+0,06%) e a mínima de R$ 3,1810 (-0,90%).

Previsão do tempo: risco de neve no Sul
Sul

Seguida por uma massa de ar polar, uma frente fria mantém a condição para neve a qualquer momento desta segunda-feira. O evento tem maior potencial para ocorrer nas serras Gaúcha e Catarinense. Há previsão para chuva desde a metade norte do Rio Grande do Sul até grande parte do Paraná. É importante ressaltar a possibilidade de eventual chuva congelada no extremo sul paranaense. Tempo firme mesmo apenas no centro-sul do Rio Grande do Sul e no norte paranaense. As temperaturas ficam baixas na parte da tarde, e a sensação de frio aumenta muito entre noite e madrugada.
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Sudeste
A região segue com tempo firme em grande parte da região. O sol aparece ao longo do dia, e as temperaturas ficam agradáveis, principalmente na parte da tarde. Na metade sul e no leste de São Paulo, uma frente fria que está no Sul ajuda a aumentar a nebulosidade e tem condição de chover, porém com baixos acumulados. Não se descarta o risco para rajadas de vento de moderada a forte intensidade. Chove também no Espírito Santo e na Zona da Mata de Minas Gerais.
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Centro-Oeste
Uma frente fria que está passando pelo Sul influencia o tempo também em Mato Grosso do Sul. O fenômeno aumenta as instabilidades e favorece a condição de pancadas de chuva, com potencial para rajadas de vento de moderada intensidade, na metade sul do estado. O volume de chuva não deve ser elevado, mas ajuda a melhorar a qualidade do ar e a umidade do solo. Nas demais áreas da região, o sol predomina e não deve chover. As temperaturas ficam elevadas na parte da tarde, e a umidade relativa do ar cai bastante em Mato Grosso e no interior de Goiás.
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Nordeste
O ar seco predomina em grande parte da região e mantém as temperaturas elevadas na parte da tarde. Apenas nas áreas litorâneas é que há influência dos ventos úmidos do mar e condição para chover a qualquer momento. Mesmo assim, a chuva deve ser isolada e com baixos acumulados, sem potencial para transtornos.
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Norte
O sol aparece na maior parte da região. Apenas entre o Acre e o norte do Pará é que há instabilidades associadas ao calor e à umidade alta. As nuvens carregadas provocam chuva a qualquer hora do dia, e os maiores acumulados devem ocorrer no norte do Amazonas. Nas demais áreas, o tempo segue seco e com baixa umidade relativa do ar, principalmente no Tocantins.
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