Relatório do USDA deve baixar estimativa da safra de soja nos EUA

Documento será divulgado na tarde desta quarta, dia 12. Confira as principais notícias sobre milho, café, boi gordo, dólar e previsão do tempo

Fonte: Vanoli Fronza/Embrapa

Soja: dólar cai e neutraliza alta em Chicago
Para esta quarta, dia 12, as atenções se voltam para o relatório de julho do USDA, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. O órgão deve reduzir a sua estimativa para a safra 2017/2018 americana e cortar também a previsão para os estoques. O relatório deve ser divulgado às 13h (horário de Brasília). A aposta é de que o departamento indique um número de produção do Brasil de 114 milhões de toneladas, repetindo o relatório anterior. Para a Argentina, a previsão é de corte. O mercado aposta em retração de 57,8 milhões para 57,7 milhões de toneladas.
Na terça-feira, dia 11, o mercado interno de soja reduziu seu ritmo de negócios nas diversas praças de comercialização. A oleaginosa registrou sua 12ª sessão consecutiva de alta, porém desta vez mais modesta. A moeda norte-americana encerrou no campo negativo, neutralizando parte dos ganhos de Chicago e resultando em pouca mudança nos preços internos.
RS: cerca de 20 mil toneladas negociadas e preços inalterados.
PR: poucos negócios e cotações de estáveis a mais firmes.
MT: aproximadamente 8.000 toneladas negociadas e preços reduzidos.
MS: preços estáveis e poucos negócios reportados.
GO: sem mudança nos preços e mercado lento.
SP: pouca movimentação e cotações inalteradas.
MG: as cotações ficaram estáveis e não houve negócios relevantes.
SC: não houve mudança nos preços e pouca movimentação foi registrada.
BA: dia de preços inalterados e sem negócios relevantes.
MA: mercado sem mudança nas cotações e poucos negócios.
PI: negócios escassos e preços inalterados.
TO: sem registro de bons volumes negociados e preços inalterados
Confira mais cotações de soja.

Milho de olho nos EUA
O mercado brasileiro de milho volta a repercutir a situação do clima nos EUA, além da conturbada situação política do país. Com esses fatores de instabilidade, os produtores em geral optam por não negociar o milho neste momento, aguardando por definições mais concretas. Alguns consumidores se deparam com estoques encurtados, alterando o perfil de compra.
No Paraná, indicação de oferta em Cascavel entre R$ 22,50/R$ 23 no mercado disponível. Na ferrovia, indicação de oferta a R$ 25, base Maringá, com entrega em agosto e pagamento em setembro. No porto de Paranaguá, o mercado ainda se depara com comprador entre agosto e setembro a R$ 29.
Em Mato Grosso, o mercado apresentou alguma fluidez dos negócios no decorrer do dia, com produtores e consumidores centrados no leilão a ser realizado na próxima quinta-feira. Indicação de negócio em Rondonópolis a R$ 18,30, com entrega imediata e pagamento apenas no final de agosto.
No Rio Grande do Sul, a oferta é pouco significativa. Com indicação de oferta no interior do estado entre R$ 26/R$ 27.
Em Santa Catarina o mercado local ainda se depara com negócios bastante pontuais. O produtor do estado assume a predileção por escoar o seu milho no porto de Imbituba. Relatos de negócios pontuais na região de Campos Novos entre R$ 26,50/R$ 27. No porto de Imbituba, em torno de 5.000 toneladas foram negociadas a R$ 30 no spot.
O mercado paulista volta a se deparar com um cenário travado. Apesar do avanço da colheita em determinadas regiões do estado, o produtor local tem optado por reter a oferta de milho neste momento de indefinições nos EUA e também na política nacional. Relatos de negócios bastante pontuais em Paranapanema entre R$ 25,50/R$ 26. O referencial Campinas permanece entre R$ 28,50/R$ 29. No porto de Santos, indicação de comprador entre agosto e setembro a R$ 29,50/R$ 30.
Em Goiás, o mercado apresentou bom ritmo de negócios. Indicação de oferta na região de Jataí entre R$ 18/R$ 19. Há relatos de negócios a R$ 19,20, base Jataí com entrega e pagamento em agosto. Cerca de 6.000 toneladas foram negociadas nesses moldes.
Em Minas Gerais, o mercado voltou a apresentar lentidão. Indicação de oferta na região de Unaí a R$ 22/R$ 23 no mercado disponível.
Veja outras cotações do milho.

Café: dia fraco de negociações
O mercado físico de café teve uma terça-feira, dia 11, fraca de negócios. Os preços sofreram poucas alterações, com principalmente os cafés finos mantendo suas bases. Muitos vendedores estão antecipando as entregas futuras e talvez por isso o mercado tenha se sustentado ao longo do dia, apesar de mais uma queda na Bolsa de Londres e no dólar.
Mercado calmo no Sul de Minas. A Capebe vendeu pela manhã 1.767 sacas de café novo a R$ 450 para a Eisa. No restante do dia, ocorreram mais entregas de café vendido anteriormente. Ideia de preços oscilou pouco. Lotes de café fino na faixa de R$ 465 a R$ 470 até R$ 475. Já as bicas com 15% de cata caíram um pouco, chegaram à faixa de R$ 450 a R$ 460, e as bicas com 20% de cata ficaram dentro dos R$ 445 a R$ 450, mas as com 30% de cata se mantiveram em torno de R$ 435 a R$ 445. Bem parado o mercado para entrega futura, que ficou na faixa de R$ 515 a R$ 525, com embarque para setembro deste ano, e em torno de R$ 535 a R$ 545 para setembro de 2019.
Na Zona da Mata, houve muita diferença entre compradores. Enquanto algumas empresas chegam a preços bem mais baixos do que a base do vendedor, outras mantêm os preços do dia anterior. Com isso, o vendedor vai dosando a oferta. Para café rio com 20% de cata, tem comprador a R$ 400, mas sem vendedor. Por outro lado tem demanda para rio com 25% de cata a R$ 407 até R$ 410. Para os cafés melhores, não tem sido muito diferente, com ampla margem entre compradores. Ideia para bica natural com 20% de cata em torno de R$ 440 a R$ 445 até R$ 450. Café duro riado oscila de R$ 425 a R$ 435.
Em mais um dia de bolsa e dólar em queda, o mercado no Cerrado mineiro foi fraco de negócios. As cotações oscilaram bastante, mas no final acabaram próximas dos patamares que vêm sendo trabalhados. Ideia para lotes finos ficaram na casa de R$ 465 a R$ 470 até R$ 475, se for extrafino. A base para os cafés de bica dura tiveram leve queda de R$ 5,00, oscilando entre R$ 450 e R$ 465. Já o café cereja descascado manteve suas cotações na faixa de R$ 495 a R$ 500 até R$ 510 para os lotes mais finos e com certificado. O mercado futuro sentiu mais a queda nos preços. Ideia para entrega em setembro de 2018 gira em torno de R$ 510 a R$ 515 até R$ 535. Para 2019, a cotação ficou entre R$ 545 a R$ 565.
Preços mais baixos no Espírito Santo e mercado travado. Os cafés de bica conilon tipo 7 caíram em torno de R$ 400 a R$ 405, e a bica de conilon tipo 7/8 ficou na casa de R$ 395 a R$ 400. Já o café rio se manteve em torno de R$ 410 a R$ 415, com 20% de cata.
Confira mais cotações do café.

Diminui a pressão no boi
A conjuntura não mudou. O pecuarista continua tirando gado do pasto em função da seca, ainda falta uma resposta positiva na venda de carne e as indústrias estão com margens historicamente elevadas. Por conta desse cenário, talvez diminua um pouco a pressão sobre as cotações da arroba do boi gordo.
Além disso, em várias regiões, a oferta de compra do JBS, acima dos demais compradores, ajuda a manter o mercado sustentado. Mas, a redução da pressão de baixa trata-se de um movimento que não pode ser encarada ainda como uma tendência para o curto prazo.
Em São Paulo, quase todas as empresas estão com ofertas de compra alinhadas, ao redor de R$125,50, à vista, livre do Funrural. O preço do boi casado de animais castrados está, em valores nominais, 2,6% menor que há um ano. O nível de escoamento atual não permite reajustar os preços, nem mesmo para acompanhar a inflação acumulada.
Confira outras cotações do boi gordo.

Câmbio reflete votação no Senado
O dólar fechou em queda de 0,21% ante a moeda brasileira, a R$ 3,2540, reagindo à expectativa de que o Senado aprovaria a reforma trabalhista, o que acabou se confirmando. O resultado era esperado para mais cedo, mas senadoras da oposição invadiram a mesa diretora e obstruíram o prosseguimento dos trabalhos por cerca de sete horas. No mercado, há a expectativa de um avanço das reformas, em particular se o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, assumir a Presidência da República no lugar de Michel Temer.

Previsão do tempo
Os cenários mudam pouco entre esta quarta, dia 12, e ontem. O tempo seco predomina a partir de hoje no Sul, o que eleva as temperaturas na região. Outro destaque é o aumento de intensidade nas chuvas que caem no litoral da Bahia. Veja como fica o clima para esta quarta na sua região.

Sul
Com o afastamento de um sistema frontal para alto-mar, restam algumas instabilidades em níveis mais altos da troposfera sobre o Rio Grande do Sul. Ainda não se descarta eventual chuva fraca entre períodos de melhoria no sul do estado.
No restante do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, o que predomina são os ventos que sopram do quadrante norte. Assim, o tempo fica firme e com maior amplitude térmica, ou seja, com temperaturas mais baixas pela manhã e mais altas à tarde. A sensação, inclusive, é de calor fora de época na maior parte do Sul.
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Sudeste
A passagem de um sistema frontal bastante afastado no oceano ajuda a mudar os ventos nas proximidades de São Paulo, mas o sistema provoca poucas mudanças no tempo. Apenas entre o litoral paulista e a região metropolitana é que a nebulosidade aumenta e os ventos ficam moderados à tarde.
Entre o norte fluminense e o Espírito Santo prosseguem chuvas isoladas com a umidade que vem do mar, assim como nos últimos dias. No interior da região, a situação permanece inalterada e o tempo segue firme e com maior amplitude térmica.
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Centro-Oeste
O tempo firme ainda predomina sobre toda região, por causa do centro de uma região de alta pressão atmosférica em Mato Grosso. Depois de uma manhã fria especialmente no Planalto Central, durante a tarde os ventos de norte ganham força e aumentam as temperaturas em todos os estados.
A sensação é de calor, e a umidade relativa do ar fica mais baixa, principalmente em áreas mais próximas do Pantanal.
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Nordeste
Os índices de umidade relativa do ar ficam dentro dos níveis críticos no noroeste da Bahia, sul do Maranhão e centro-sul do Piauí. Por outro lado, as instabilidades continuam concentradas nas áreas mais próximas do litoral, a exemplo dos últimos dias.
Trata-se de uma perturbação atmosférica conhecida por cavado e que permite chuva mais pesada no sul da Bahia. Aliás, neste estado, o frio da madrugada prossegue em áreas mais próximas a Minas Gerais e Goiás, e durante a tarde o frio atinge áreas da região sul da Bahia, por causa do tempo mais fechado.
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Norte
A chuva se intensifica sobre o estado de Roraima, inclusive em Boa Vista, e segue atingindo de forma mais isolada o extremo norte do Amazonas e do Pará, além do Amapá. No restante da região, o tempo seco e quente predomina.
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