A colheita do feijão carioca no interior de São Paulo está na reta final, e os produtores estão otimistas. Os agricultores estão satisfeitos depois de um ano de baixa oferta histórica do produto. Mesmo com uma boa produtividade, a oscilação de preços mantém o produtor de olhos bem atentos ao mercado.
Apesar da boa produtividade, a preocupação agora é em relação aos preços pagos, que despencaram cerca de 30% em dezembro. O produtor Silvio Alves de Paiva colocou boas expectativas na lavoura plantada em outubro. Mesmo sem irrigação, o clima tem ajudado e, em meados de janeiro, o produtor espera fazer uma média de 50 sacas por hectare.
“A produção para o meu caso é bom, né? Porque eu não irrigo então é uma cultura a seco, depende só do clima mesmo. Então, vai ser uma produção boa”, afirma.
Notícias Relacionadas
Silvio Alves de Paiva é um dos últimos produtores de Itapetininga que ainda têm feijão a ser colhido. Pelo menos 90% da safra terminou, e a boa produtividade foi comum em todas as áreas plantadas.
Agora com mais feijão disponível, o produtor começa 2017 confiante, principalmente em relação aos preços, que despencaram cerca de 30% em dezembro na comparação com o mesmo período do ano passado. Mas, segundo especialistas, tudo para seguirem firmes no primeiro semestre do ano.
Com a produtividade em alta, tende a equilibrar oferta e demanda. Assim, especialistas apostam em preços entre R$ 200 e R$ 250 pela saca de 60 kg.
“Um preço a aproximadamente R$ 200 a saca é o que está dentro dos meus custos. A expectativa é que eu tire de R$ 180 a R$ 200 a saca”, projeta Silvio Alves de Paiva.
