O governo informou nesta sexta-feira, dia 19, que o Orçamento de 2016 será contingenciado em R$ 23,4 bilhões. O Ministério da Agricultura sofrerá corte de R$ 553,7 milhões, o equivalente a 27% do valor destinado à pasta pela Lei Orçamentária Anual (LOA). O corte foi anunciado durante a apresentação da programação orçamentária e financeira do Poder Executivo para este ano. O número representa o valor definitivo para o corte. Antes, o governo havia limitado os gastos, provisoriamente, a R$ 15,4 bilhões até março.
De acordo com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar, o corte na pasta não vai afetar o planejamento do órgão. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi o mais afetado, perdendo R$ 4,2 bilhões. As pastas da Saúde e da Educação também foram bastante atingidas, com cortes que somam R$ 3,8 bilhões.
No último dia 12, a equipe econômica havia limitado os gastos obrigatórios no primeiro trimestre a 3/18 do estimado para 2016. Caso não houvesse corte, a despesa de janeiro a março totalizaria R$ 23,1 bilhões, o equivalente a 3/12 do Orçamento total.
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O governo fez o contingenciamento para tentar obter superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos em um país). O percentual representa R$ 30,5 bilhões, sendo R$ 24 bilhões do Governo Central, cujas contas são formadas pelo Tesouro Nacional, pela Previdência Social e pelo Banco Central.
Inflação e PIB
O governo também admitiu que a inflação vai ficar acima do previsto anteriormente, passando de 6,47% para 7,1%. Já a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano subiu de 1,9% para 2,9%.
