Malásia abre mercado para a carne de frango do Brasil

Comunicado foi recebido nesta quarta, dia 25, pela Associação Brasileira de Proteína AnimalA Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) foi informada nesta quarta, dia 25, que o governo da Malásia efetivou a abertura de seu mercado para importações de carne de frango halal fabricado no Brasil.

Fonte: Divulgação/ Cidasc

O comunicado do Departamento de Serviços Veterinários da Malásia, repassado hoje pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), indica a habilitação de uma unidade frigorífica da empresa JBS, localizada em Amparo (SP).

Outras 10 plantas aguardam a mesma aprovação para embarcar produtos para o país com quase 30 milhões de habitantes – em sua maioria, islâmicos.

– A abertura da Malásia era uma de nossas mais importantes metas para 2015, cumprida após anos de negociações. Esta é uma conquista que valoriza internacionalmente a capacidade brasileira de produção de carnes sob o rito halal para os mais exigentes mercados. Trata-se da primeira de uma série de habilitações que esperamos que, naturalmente, vão acontecer – destaca o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra.

Restrição russa

Na primeira reunião do ano da Câmara Setorial de Aves e Suínos, em Brasília (DF), a ABPA comentou também a decisão da Rússia de restringir oito unidades frigoríficas do Brasil, para importação de carne suína. Conforme a entidade, não se trata de um embargo. A associação minimizou o caso e disse que foi apenas uma atualização cadastral. 

Segundo o diretor da ABPA, Jurandi Machado, a suspensão dos frigoríficos brasileiros é uma medida temporária e muitas plantas, somente agora, estão passando pela auditoria dos técnicos russos.

– São empresas plantas que naquele momento que a Rússia precisou importar mais alimentos ela liberou sem ter feito auditoria, ela veio ao Brasil agora e está fazendo auditoria naquelas plantas industriais que estavam autorizadas a exportar e que não tinham ainda mandado produtos pra lá. Nessa última auditoria encontraram algumas inconformidades, essas inconformidades são passíveis de suspender temporariamente a liberação dessas empresas para mandar os produtos para a Rússia. Resolvidas essas inconformidades, automaticamente serão liberadas – explica Machado.

A câmara setorial acredita que as exportações que fecharam os dois primeiros meses do ano com queda, devem voltar a crescer a partir de abril. A preocupação dos produtores de suínos e aves está nos custos, especialmente na compra de milho, o principal ingrediente da ração.

– Hoje, por exemplo em São Paulo, a média de compra de milho na região de Campinas é em torno de R$ 30, e R$ 30 a saca é cara. Nós esperávamos estar trabalhando entre R$ 26, R$ 27, no máximo. Então, a questão custo de grãos, tanto milho, como soja é uma preocupação constante – pontua o diretor.