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Previdência: sem articulação de Bolsonaro, Congresso se divide sobre reforma

Para presidente do Senado, falta entendimento com líderes partidários; na Câmara, avaliação é de que não haverá resistências. Miguel Daoud analisa o cenário

Os presidentes da Câmara e do Senado comentaram nesta segunda-feira, dia 18, o andamento da proposta da reforma da Previdência dentro do Congresso. O senador Davi Alcolubre disse em São Paulo que falta entendimento com líderes partidários e que o governo adotou um modelo de relação política institucional que quebra paradigmas de décadas. Ele sugeriu que a cúpula do governo converse com os presidentes dos partidos políticos, já que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse não acreditar em resistência por parte dos militares quanto à necessidade da aprovação da reforma.

Maia disse ainda que militares “sabem fazer contas” e são pessoas bem preparadas. Além disso, destacou que, se o país não aprovar a reforma, “voltará aos tempos de hiperinflação”, o que deve causar um grande precatório na aposentadoria.

O comentarista Miguel Daoud fala como estão as relações da equipe de governo de Bolsonaro com líderes dos maiores partidos do Brasil. “Já há uma resistência muito forte em relação à aprovação da reforma. Eles estão pressionando muito seus parlamentares, por isso vemos um certo retrocesso nesse entendimento de negociação”, diz.