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Consulta pública sobre regras de uso de glifosato termina esta semana

Para a Aprosoja, a mudança no nível de risco do defensivo não faz sentido; entidade orienta produtor a se manifestar e ensina como responder à pesquisa

glifosato bayer
Foto: Formad/divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer manter o uso do herbicida glifosato no Brasil, mas propõe restrições com as quais o setor produtivo não concorda. O órgão regulador abriu uma consulta pública sobre o tema, que se encerra nesta quinta-feira, dia 6. Até lá, qualquer pessoa pode opinar e contribuir com informações.

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) criou um guia para auxiliar produtores interessados em participar. Segundo o diretor-executivo da entidade, Fabrício Rosa, é importante que os agricultores que entendem a importância do defensivo para a agricultura brasileira se manifestem.

Rosa afirma que a Anvisa quer mudar a classificação do glifosato, de baixo impacto para alto impacto, “simplesmente por irritação ocular”. “Ora, todos os aplicadores, todos os funcionários que trabalham no preparo desta calda usam o protetor.  Outra questão é com relação a pessoa que vai preparar a calda: não poderia ser a mesma que passa para o tanque e aplica. Isso também não faz sentido, diz.

Combate às fake news

A Anvisa já recebeu mais de 1.800 contribuições, contra e a favor da manutenção do glifosato no país. A expectativa é que o tema seja votado pela diretoria do órgão em dezembro.

A consulta não tem poder de decisão, mas produtores tentam combater informações falsas sobre o uso do defensivo e mostrar a importância dele para várias culturas agrícolas. “Não há razões para proibição do glifosato no Brasil. Ele não tem efeitos carcinogênicos ou qualquer outro efeito que contraria nossa legislação ou que impeça seu uso”, defende o toxicologista Flávio Zambrone.