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Processo de impeachment contra Trump pode não avançar no Senado, diz analista 

Nesta terça-feira, 24, o partido democrata anunciou a abertura de inquérito para dar inicio ao processo de investigação

O partido democrata anunciou nesta terça-feira, 24, a abertura de inquérito para dar início a um processo de impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida foi comunicada pela porta-voz da Câmara de Representantes do país, casa legislativa semelhante à Câmara dos Deputados no Brasil, Nancy Pelosi.

A parlamentar classificou como ilegal a negativa de Trump de fornecer informações ao Congresso sobre uma conversa com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky. O Congresso investiga se o governante norte-americano teria solicitado ao mandatário ucraniano a adoção de medidas para prejudicar concorrentes e beneficiá-lo politicamente.

Há suspeitas de que Trump teria tratado com Zelensky a possibilidade de investigação do ex-vice-presidente democrata Joe Biden e de seu filho. Para Pelosi, se confirmadas essas tratativas, o fato configuraria “traição da integridade das nossas eleições”.

A porta-voz da Câmara de Representantes lembrou que o Congresso possui poder de, em situações mais extremas, fazer uso de sua prerrogativa de retirar um presidente eleito por meio do instituto do impeachment. “O presidente deve saber que ninguém está acima da Lei”, assinalou.

Pelosi informou que orientou democratas no comando de comissões na Câmara de Representantes já investigando irregularidades no Executivo Federal dos Estados Unidos a continuar com as apurações no âmbito do inquérito de impeachment.

Trump reagiu por meio de sua conta oficial na rede social Twitter. Ele chamou a decisão do partido democrata de “caça às bruxas” e de “assédio presidencial”.

 Segundo o cientista político e sócio da consultoria Go Associados, Fernando Marcato, Pelosi vem sendo pressionada pelo partido para abrir processo de impeachment em função de alguns motivos.

“Ela sempre resistiu e agora a pressão foi grande do partido e evolve Joe Biden, que é quem está melhor posicionado nas primárias para as eleições contra trump em 2020”, explica o analista.

Miguel Daoud, comentarista do Canal Rural, acredita que o processo não irá chamar atenção da população do país norte-americano. “Sabemos que a gestão do Trump está a todo vapor, já que os índices de emprego e da economia estão positivos, por isso acredito que a população não irá dar tanta atenção para esse assunto”, afirma ele.