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Plano Safra: atraso na aprovação de crédito pode aumentar dificuldades no setor

Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a equipe econômica se equivocou com os valores apresentados à Câmara dos Deputados

O ministro da Economia, Paulo Guedes, assumiu durante seminário no Ministério da Economia nesta quarta-feira, dia 29, que a articulação para aprovar a liberação de R$ 248 bilhões para o governo pagar benefícios assistenciais e subsídios “embananou” de vez.

Guedes reconheceu que a equipe acabou se equivocando com os valores apresentados à Câmara dos Deputados, mas que a aprovação do crédito é fundamental para evitar pôr em risco o pagamento de benefícios já a partir de julho. Na última semana, o relator da proposta na Câmara, deputado Hildo Rocha, reclamou da precisão das informações do pedido realizado pela equipe econômica. Hildo enfatizou que a proposta não está andando por falta de planejamento do governo.

Segundo o economista-chefe da Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul, Antônio da Luz, o cenário econômico é reflexo de gestões passadas. “Desde de 2014, o governo está gastando mais do que ele arrecada, e neste ano não será diferente, vamos gastar muito mais do que arrecadamos e aí não tem o que fazer. Se o crédito complementar não for aprovado logo vai começar a faltar dinheiro para o orçamento, que pode vir a ser no Plano Safra, pode ser no Bolsa Família, em atraso no pagamento de servidores como acontece no Rio Grande do Sul, ou seja, ou se faz ou terá cortes em outros setores”, afirma.