Mercado e Cia

Inspeção chinesa por vídeo demonstra confiança no Brasil, diz ABPA 

A transmissão será feita por funcionários do Ministério da Agricultura, a partir de cada planta. A entidade  também está confiante no aumento de exportação para o segundo semestre 

Nesta sexta-feira, dia 19, a China, principal parceiro comercial do Brasil, irá realizar uma inspeção por vídeo conferência em quatro unidades de frigoríficas de aves e suínos do país.

A transmissão será feita por funcionários do Ministério da Agricultura, a partir de cada planta. Na avaliação do diretor-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, essa iniciativa reforça a confiança no sistema de inspeção e produção brasileira.

“Esse modelo de inspeção virtual é uma novidade. A China é o primeiro país que está adotando isso como medida. Na última semana, a primeira inspeção realizada pelo país asiático foi na Argentina”.

Segundo Santin, o benefício desse procedimento é que não é preciso nenhuma entrada de funcionário no local, diminuindo assim o risco de contaminação no ambiente. “Além disso, esse processo demonstra uma grande confiança no Brasil, assim como no sistema de inspeção e no sistema de produção. Aumentando as nossas chances de exportar cada vez mais para a China”, afirma ele.

O Ministério da Agricultura enviou para a China uma lista de 30 unidades frigoríficas para serem habilitadas a exportar para o país – entre unidades de abate de bovinos, suínos e frangos. A China escolheu uma dessas unidades e associações brasileiras ligadas ao setor de proteína animal, outras três.

Peste suína 

Com a crise na China, decorrente da peste suína africana, o diretor-executivo afirma que haverá novas oportunidades no Brasil, tanto para o mercado suíno quando para o de frango. “Já verificamos um aumento na demanda por produtos brasileiros neste primeiro semestre, o que deve se acentuar ainda mais no segundo. Isso porque a necessidade da China neste setor é imensa e o Brasil está se mostrando um dos principais aliados em relação a segurança alimentar”, diz.