Mercado e Cia

Entenda como a queda na taxa de juros dos EUA afeta o dólar no Brasil

O mercado financeiro espera que o Federal Reserve (FED), que é o banco central norte-americano, reduza os juros no fim de julho

O mercado financeiro projeta um corte de 0,25% na taxa de juros dos Estados Unidos. A decisão, que será realizada no fim de julho, deve diminuir a cotação da moeda americana, segundos analistas.

Apesar disso, o economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, comenta que o Brasil não deve sentir tanta mudança no dólar pois o mercado já está precificando o fato.

Histórico

O economista explica que quando a crise internacional, impulsionada pelos Estados Unidos em 2008, surgiu, houve uma grande depressão econômica. “A partir disso, o Federal Reserve (FED), que é o banco central norte-americano, injetou muito dólar nos EUA com o intuito de reativar a economia e fez isso baixando os juros para zero”, comentou. A decisão acabou gerando a saída de trilhões de dólares do país para o mundo.

Passada a crise, os americanos começaram a trazer de volta os dólares emitidos lá em 2008. “Se para colocar mais dinheiro no mercado eles baixaram os juros, para trazer de volta esse dinheiro, eles aumentaram a taxa de juros”, explica. Segundo ele, toda vez que os EUA aumenta a taxa de juros, mais dólares para lá é atraído, o que eleva o câmbio no mundo inteiro.

Dias atuais

O economista afirma que agora essa questão dos juros deve voltar a normalidade, com o banco central dos EUA diminuindo 0,25%. “Isso tira dólares da economia americana e joga dinheiro na economia mundial, logo, faz com que as taxas caiam no mundo todo”.

Apesar dessa expectativa, o representante da Farsul comenta que é preciso olhar para outros fatores interno, como a taxa de juros do Brasil, conhecida como Selic, para traçar uma projeção de câmbio aos brasileiros.