Mercado e Cia

China: compra de soja americana não é diplomacia, é necessidade, diz analista

O representante do comércio dos EUA, Robert Lighthizer, vai se encontrar com o vice-premiê chinês, Liu He, na próxima semana 

Os Estados Unidos e a China vão retomar as negociações comerciais em nível ministerial em Washington na próxima semana. O representante do comércio dos EUA, Robert Lighthizer, vai se encontrar com o vice-premiê chinês, Liu He, em 10 de outubro.

Estas vão ser as primeiras negociações desde os encontros mantidos em Xangai, em julho. O mercado especula que os dois lados devem discutir um acordo temporário na área de comércio de bens agrícolas.

Algumas autoridades do governo de Donald Trump, no entanto, querem que seja feito um acordo mais abrangente, também cobrindo as supostas violações chinesas aos direitos de propriedade intelectual.

O analista de mercado da Terra Agronegócio, Ênio Fernandes, afirma que a China é um país muito estratégico e que o país só compra de soja dos norte-americanos por necessidade, e não diplomacia como pensam.

“ A China deve puxar as discussões até a safra brasileira ser colhida e a guerra deve se fortalecer após isso, e se manter até as eleições americanas. Existe uma especulação de que o presidente Trump deve anunciar nesta sexta-feira, 4, um pacote para o uso de biodiesel, que pode alterar os preços em Chicago’, explica ele.