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Boi gordo: preço pode recuar em 2020 mas não ao patamar antigo, diz analista 

De acordo com o sócio-diretor da Radar Investimentos, Leandro Bovo, os preços praticados antes não serão mais referência, isso porque o mercado estava defasado e sem correções há mais de 5 anos 

Os preços da arroba do boi gordo atingiram um novo recorde no fechamento da sexta-feira, 29. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o valor fechou a R$ 231,35. Até então, o maior valor tinha sido registrado na quarta-feira, 27, quando a arroba do animal havia chegado a R$ 231. No acumulado de novembro, o indicador do boi gordo Esalq/ B3 teve alta de 35,5%, ou de R$ 61,80.

Segundo Leandro Bovo, sócio-diretor da Radar Investimentos, os preços podem cair no início de 2020, mas alerta, ‘não se pode esperar preços como os praticados antes da repentina alta do boi gordo’.

“A partir de janeiro as coisas tendem a se normalizar com os preços recuando pelo menos um pouco em relação ao atual patamar. Agora,  o que não podemos falar é sobre queda de preço a níveis antigos, como uma arroba por R$ 150,  até porquê, o preço estava muito defasado, há cerca de 5 anos sem correção”,  afirma ele.

 Bovo também sinaliza que a queda no consumo só será sentida no início de 2020, depois da época festiva de fim de ano.  “Talvez essa diminuição não seja sentida tão forte neste fim de ano, por conta do pagamento do décimo terceiro e melhora da economia em épocas festivas, mas logo no início de 2020 essa queda no consumo será sentida fortemente. Lembro ainda que no ano que vem a safra volta em seu ritmo normal, com mais oferta de animais de pasto, então essa equação tende a se reequilibrar, com preços menores da carne bovina e do boi gordo também’, explica.