Hortaliças: tecnologia cria produtos mais resistentes

Com as inovações é possível conseguir, por exemplo, uma semente que não vá sofrer com os danos causados pelas chuvas de verão e que podem aumentar ainda mais o lucro

A produção de hortaliças movimenta bilhões de reais e as empresas de insumos buscam oferecer cada vez mais tecnologia para garantir uma boa colheita para os produtores. No interior de São Paulo, uma feira reuniu novidades para o setor.

Em exposição, as culturas que fazem parte da safra verão foram o destaque do evento. Para tirar as dúvidas dos presentes sobre cada variedade, foram convidados especialistas que falaram sobre as formas de manejo, características dos produtos para cada tipo de solo e as diferenças das variedades.

“O produtor tem que ter um sucesso muito grande na colheita e, para isso, ele tem que ser muito eficiente e colher um produto com qualidade para agradar o consumidor. Para chegar até esse objetivo, ele tem que conduzir muito bem a lavoura, principalmente na parte nutricional, de tratamento e evitar doenças”, analisou o diretor de vendas Marcelo Takagui.

Novidades

Nos produtos expostos, o que não falta é inovação. Os tomates, por exemplo, ganharam até estufa especial e não é pra menos, pois só no ano passado o mercado desta cultura movimentou quase R$ 10 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM).

Com a tecnologia é possível conseguir uma semente que não vá sofrer com os danos causados pelas chuvas de verão e que podem aumentar ainda mais este lucro, como é o caso da semente do tomate Ravena, que são fortes às manchas e rachaduras, deixando o produto com ótimo aspecto.

Entre as novidades está também a primeira linha de sementes de pimentões vermelhos, desta variedade aqui, a Taurus, que é resistente às principais doenças que atingem as lavouras. Com isso, a quantidade de agrotóxico aplicada nas plantações é muito menor durante o ciclo de produção.

Isso acontece porque as sementes são geneticamente selecionadas e não sofrem com os danos causados pelo vírus PVY e pelo fungo oídio.

“No caso do oídio, onde nós estamos trazendo esta grande inovação, é um fungo que ele coloniza e ataca a parte folhar da planta, desfolhando a planta e consequentemente reduzindo a área folhar causando prejuízos grandes no cultivo, inclusive ele é responsável pelo produtor abandonar e acabar o ciclo de cultivo por causa dessa praga causando a morte da planta. O PVY, por outro lado, é um vírus muito comum aqui no estado de São Paulo, sendo responsável pela necrose também da área folhar e redução significativa na produtividade e morte da planta”, falou o coordenador de produtos Gustavo Veslaquez.

Veja algumas das variedades apresentadas no evento e suas principais características, de acordo com a Sakata, empresa responsável pelas hortaliças: