Histórico: Brasil exporta gado vivo ao Iraque

País árabe deve receber 30 mil animais brasileiros até o final do ano. Perspectiva é de que embarques dobrem em 2016

O Brasil iniciou neste ano a exportação de gado vivo para o Iraque e já estima arrecadar US$ 30 milhões com os embarques em 2015.

O envio de gado em pé ao país deve somar 30 mil animais no ano. Esse mercado se destaca em um momento em que a venda de gado para o mundo árabe desacelera. A receita com as exportações brasileiras para os países do bloco caíram quase 5% no acumulado de janeiro a agosto deste ano.

Segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior, nos primeiros oito meses do ano passado, os embarques gerais para esses países somaram mais de R$ 8,5 bilhões.

Por outro lado, de janeiro a setembro deste ano, as exportações brasileiras para o Iraque totalizaram R$ 413 milhões, 44% acima do resultado de 2014.

Viagem

O gado brasileiro viaja de 23 a 26 dias até o destino final. Os iraquianos pagam R$ 3 mil pela tonelada de gado exportado. A venda de boi vivo foi possível graças à suspensão do embargo de carne  bovina que havia contra o Brasil. A Câmara de Comércio Brasil-Iraque é responsável pelo certificado de origem, que garante a qualidade do gado brasileiro exportado.

– Para 2016, o Brasil deve dobrar o número de cabeças de bovinos vivos embarcados para o Iraque. Esse comércio  tem despertado cada vez mais o interesse dos importadores iraquianos, que dão preferência por animais vivos – afirma o vice-presidente da câmara, Jalal Chaya.

Outros países árabes devem aproveitar a alta do dólar e retomar ou iniciar as compras de gado em pé do Brasil. A expectativa do presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira é a de que a Arábia Saudita acabe com o embargo à carne bovina brasileira ainda este mês.