'Estatuto do Desarmamento regulamentou a profissão do bandido no Brasil'

O senador goiano, Wilder Morais (DEM), tem três propostas para permitir o uso de arma de fogo no país em tramitação no Congresso Nacional

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Defensor do direito ao porte de armas de fogo no país, o senador goiano Wilder Morais (DEM), tem três propostas em tramitação no Congresso Nacional que pretendem ampliar o acesso ao armamento pela população. Uma delas trata especificamente da autorização para moradores de áreas rurais e está mais mais adiantada, já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e aguarda votação no Plenário do Senado.

Em entrevista ao programa Direto ao Ponto, o parlamentar enfatizou que este é o maior pleito do campo atualmente e que vai lutar para que vire lei o quanto antes.

“O Estatuto do Desarmamento não resolveu nada. Hoje são mais de 60 mil pessoas mortas por arma de fogo por ano no Brasil e com quem estão essas armas? Com os bandidos, o cidadão de bem está trancado dentro de casa. O estatuto só teve uma coisa que funcionou bem: ele regulamentou a profissão do bandido. O bandido está armado na rua, ele não precisa de estatuto para andar ou não, e nós não temos direito de defesa hoje. As pessoas estão morrendo como cordeiros”, desabafou.

Apesar dos casos de atentados com uso de arma de fogo, Wilder citou o caso de sucesso do Estados Unidos para reforçar a necessidade de revogar o Estatuto do Desarmamento no Brasil. “Nos EUA, eles têm arma de fogo na maioria dos estados e têm cinco vezes menos o número de homicídios do Brasil. Por que não divulgam isso? Na década de 1980 todo mundo andava armado e não acontecia bang bang. Todo mundo tinha arma, mas tinha respeito um pelo outro. Hoje quem manda no Brasil é o bandido. O bandido faz festa com fuzil e não acontece nada. Nem a polícia hoje pode reagir. Se ela reagir tem um grupo de direitos humanos pra dizer que ela exagerou. Estamos em situação de guerra. A maioria hoje quer ter o direito de ter arma. A União não tem protegido o cidadão. Não é armar o Brasil inteiro, mas quem quer ter o direito que tenha. Com certeza, os crimes vão diminuir”, concluiu.