Dólar sobe 6,5% em maio e evita tombo no preço da soja

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Fonte: Cassio Bittencourt/arquivo pessoal

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira, dia 1º, com preços em leve alta. O mercado tenta se recuperar das perdas acumuladas na semana, com base em fatores técnicos e em meio às boas exportações semanais. A tensão entre Estados Unidos e China limitou a elevação.

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 2,75 centavos de dólar (0,27%), a US$ 10,21 1/4 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 10,26 por bushel, ganho de 2,75 centavos de dólar, ou 0,26%.

De um modo geral, a soja apresentou poucos negócios e preços em queda no mês de maio. Uma série de fatores trouxe volatilidade na Bolsa de Chicago (CBOT), dificultando a adoção de um direcionamento. Apesar do dólar firme, a greve dos caminhoneiros no final do mês travou as vendas.

Antes disso, a tensão comercial entre Estados Unidos e China, que estiveram próximos de um acordo, mas que chegam ao final de maio ainda discutindo, prejudicou os negócios com a oleaginosa em nível global. 

Os contratos futuros com entrega em julho acumularam desvalorização de 2,86% em maio, encerrando o mês a US$ 10,18 por bushel. O avanço no plantio das lavouras nos Estados Unidos também adicionou pressão às cotações futuras.  

No Brasil, o impacto baixista de Chicago foi mais que amenizado pelo desempenho do câmbio. O dólar comercial abriu o mês a R$ 3,505 e encerrou a US$ 3,737, com uma valorização de 6,62%. As incertezas eleitorais, a dificuldade do governo em negociar com os caminhoneiros e o cenário externo impulsionaram a moeda norte-americana.