Dólar cai 1,49% e fecha a R$ 3,16

Possível acordo entre Grécia e credores e alta na China tranquilizaram mercado de câmbio

Fonte: Agência Brasil/Divulgação

O dólar comercial fechou em forte queda de 1,49%, cotado a R$ 3,166 para venda, influenciado pelo otimismo do mercado com as negociações entre a Grécia e os credores. A recuperação do mercado acionário da China também ajuda a diminuir a aversão ao risco.
 
– Há um alívio nos mercados globais em função da Grécia, com a possibilidade de um acordo ser firmado em breve. Na China, as medidas adotadas para a restrição de venda na bolsa local parecem ter surtido efeito – diz Paulo Petrassi, sócio-gestor da Leme Investimentos.

Pelo segundo dia seguido, as ações chinesas reagiram positivamente às intervenções do governo no mercado acionário do país, especialmente diante das medidas voltadas às empresas pequenas e do comprometimento do banco central do país em garantir liquidez ao sistema.

Hoje, o presidente da França, François Hollande, afirmou que as reformas propostas pela Grécia em troca do terceiro plano de resgate financeiro, incluindo reformas que levarão o país a alcançar superávit primário de 1% do PIB em 2015, 2% em 2016, 3% em 2017 e 3,5% em 2018, são sérias e mostram a vontade do governo grego de manter o país na zona do euro.
 
– O Euro está subindo bem ante o dólar, e nós estamos acompanhando esse movimento no exterior. Além disso, também tivemos o segundo dia consecutivo de alta na bolsa chinesa, que vinha caindo forte. Essa melhora no exterior ajuda os mercados emergentes – afirma o gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, Reginaldo Galhardo.
 
Galhardo ainda destaca que os dados da economia norte-americana têm ficado abaixo do esperado pelo mercado, o que tira a pressão do câmbio e das curvas de juros. 

– Os estoques no atacado aumentaram, está sobrando produto na prateleira. Isso começa a não dar muita consistência para que o Fed altere a política de juros nos Estados Unidos.
 
Os estoques no atacado dos Estados Unidos subiram 0,8% em maio ante abril, para um total de US$ 581,850 bilhões, já descontados os fatores sazonais. Na comparação com maio de 2014, os estoques tiveram aumento de 5%. Analistas esperavam alta de 0,4% em maio na comparação mensal.