Café: sul de Minas ganhará novo centro de pesquisas

Fruto da parceria entre um instituto de ensino local e a Cooxupé, o projeto deve ser inaugurado ainda neste ano

Fonte: Gilberto Silveira/Arquivo Pessoal

A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (Ifsul) fecharam uma parceira que beneficiará o produtor de café arábica a partir da próxima safra. Uma propriedade em Guaxupé, com área de 10 hectares, receberá um centro de pesquisas da cultura.

De acordo com o professor do Ifsul Felipe Campos Figueiredo, a ideia é encontrar repostas mais rápidas para o manejo do café, principalmente na utilização de insumos.

“Neste momento, a gente está montando esse polo para que ele seja referência em termos de tecnologia, onde os produtores poderão visualizar os resultados dos produtos de empresas. Por outro lado, pode servir como uma residência agronômica para esses alunos, do convívio com a prática do manejo de uma lavoura cafeeira”, diz Figueiredo.

Empresas incentivarão o projeto fornecendo insumos para testes. As atividades de condução de lavoura e avaliação de resultados serão feitas pelos alunos do instituto, com orientação dos professores.

“Hoje, a Agrifort Jr. [Empresa Júnior de Assistência Técnica do Ifsul de Minas – Campus Muzambinho] tem 21 membros, todos estão ativos, cuidando desde o plantio que foi realizado pela gente aos tratos culturais. Somos nós que acompanhamos a adução da dosagem, e isso tem muita importância para nós, porque além do estudo da terra, a gente tem uma vivência muito direta com a prática”, conta a estudante de agronomia Elen Cristina Almeida.

Após o plantio de seis mil mudas de café, os experimentos de validação e inovação tecnológica devem começar ainda em 2017. A intenção das pesquisas é comprovar alternativas mais eficientes e econômicas para a gestão da cafeicultura.

O coordenador de desenvolvimento técnico na Cooxupé, Mario Ferraz de Araújo, explica que o mais importante para a Cooxupé é a escolha dos experimentos que serão realizados.

“Porque somos muito assediados para colocarmos novos produtos e equipamentos em nossas linhas de venda na Cooxupé para disponibilizar ao cooperado”, afirma Araújo.