Armamento rural é esperança do setor em 2018

Entrevistado do programa Direto ao Ponto deste domingo, dia 31, o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) fez uma análise de alguns temas que dominaram o agronegócio em 2017

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Mesmo com um ano agitado na política e com baixa popularidade, o presidente Michel Temer conseguiu se manter no cargo e caminha para o último ano de governo. Para a base aliada, é necessário entregar o país andando para o próximo chefe do executivo.

A análise foi feita pelo deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) e membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) durante entrevista ao programa Direto ao Ponto deste domingo, dia 31.

“Nós temos duas coisas para analisar. Primeiro é o país. O segundo é o presidente Temer. Não é nem o presidente, é o Michel Temer. Presidente é uma função institucional e que nós temos que separar porque, imagine, tirando o presidente Temer, assumindo aí o presidente da Câmara, o Supremo Tribunal Federal fazendo essa discussão toda, se tira ou não tira, se cassa ou não cassa. Se chega a conclusão que tem que sair, faz uma eleição indireta que pode ser qualquer brasileiro e outubro teremos eleições para Presidente da República. A economia vai para o caos”, afirmou.

Para Colatto, é fundamental dar um voto de confiança para o presidente, continuar tocando as reformas necessárias e com segurança na economia, com o intuito de deixar o espaço aberto para futuros investimentos.

O parlamentar ainda criticou a demora da Justiça em cumprir o seu papel de prender os responsáveis pelos escândalos de corrupção. “Sobre o presidente Temer, não é a Câmara que vai decidir, é a Justiça que vai decidir depois das eleições.”

Armamento Rural

O parlamentar é a favor do porte de arma na área rural e diz que se o estado não dá segurança para as pessoas, elas precisam aprender a se defender. “Tem que acabar com essa história de bandido fica armado e pessoas de bem fica desarmado, afirmou.

Segundo ele, é preciso a liberação para aqueles que preenchem todos os requisitos técnicos e psicológicos. “Estamos precisando que o agricultor tenha uma arma na propriedade. Imagine alguém lá no interior, isolado, sem telefone e os bandidos dizimando, assassinando as pessoas. A lei do abigeato aumentou a pena para quem rouba os animais, mas mesmo assim não conseguimos resolver o problema da criminalidade”, disse.

Atualmente, dois projetos de lei que autorizam o porte de arma no campo tramitam no Congresso e foram aprovados em comissões em 2017. A expectativa é que se vote em plenário em 2018. Há também um plebiscito que pode ser feito para colocar nas mãos da população a decisão de revogação do Estatuto do Desarmamento.

Parceria agrícola indígena

Para Colatto, é preciso abarcar os vários tipos de indígenas diferente do tratamento da Fundação Nacional do Índio (Funai), de igualdade.

“Você pega o pataxó de Mato Grosso, do Pará, ou o guarani do Sul que é um índio que vai para a escola, trabalha na fábrica, tem engenheiros, dentista, agrônomo, pessoas formadas que são cidadãos normais. Então o que queremos é que o governo libere a possibilidade desses indígenas cultivarem suas terras. Nós plantamos 9% do território brasileiro, os indígenas tem 14%, quase o dobro e não produzem nada. A maioria vive de cesta básica. Então eles querem plantar”, diz.