Agrishow tem trator sem motorista e outras tecnologias

Trajeto é programado no painel de controle da máquina, que executa manobras sozinha; feira também trouxe equipamento que trabalha por 10 pessoas

Fonte: Reprodução

Você já viu um trator que não precisa de operador? E um equipamento que faz o trabalho de até dez pessoas na hora de preparar o solo? Quem passa pela Agrishow, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, pode encontrar tecnologia para grandes e pequenas propriedades.

O trator fabricado pela Case é um exemplo de que a agricultura e tecnologia combinam. Com um design futurístico de chamar a atenção, o grande diferencial é que ele é o primeiro trator não tripulado do mundo e que pode ter o trajeto programado no painel de controle que a máquina executa o trabalho sozinho. A expectativa é que em três anos a tecnologia esteja disponível para uso comercial.

“Você mapeia os talhões, os carregadores e, uma vez traçado isso, faz o trator executar a tarefa. O trator sai da base e vai para o talhão, que foi definido com todas as linhas e operações feitas previamente no escritório”, disse Lauro Costa Rezende, responsável pelo marketing do produto.

Irrigação

Outra empresa levou para a feira tecnologias sustentáveis, como a irrigação inteligente para grãos. A ferramenta economiza até 40% do uso de água e energia em relação a outros sistemas e pode ser manuseado por celular, sem que o agricultor esteja na fazenda. O custo para implantação varia entre R$ 10 mil e R$ 18 mil, dependendo das condições do terreno e a distância da água.

“O gotejamento subterrâneo consegue atingir 100% da área agricultável do cliente, independentemente da topografia, formato e perímetro das áreas. Ele também tem uma eficiência muito grande no uso da água, chegando a 95% na eficiência na aplicação. Então, mesmo em cliente com baixa disponibilidade hídrica, a gente consegue implanta o sistema para grãos”, disse o gerente agronômico Cristiano Jannuzzi.

10 por 1

Em outro estande, o foco são tecnologias para aumentar a produtividade em pequenas áreas. Uma máquina movida a gasolina, por exemplo, pode ser utilizada para roçar pasto, ajuda no preparo e descompactação do solo e substitui o uso da enxada. Ela faz o trabalho de até dez pessoas e também pode ser usado na horticultura e no manejo de aviários. O custo é de R$ 5,6 mil.

Em outro ponto da Agrishow, a atração são os produtos e serviços para georreferenciamento de áreas e pulverização concentrada em lavouras por meio do uso de drones. O gerente de engenharia Bruno Pezzi afirma que a procura pelo serviço cresceu 50% este ano.

“Hoje nós temos a pré-identificação com imagens de satélite para encontrar o problema. Quando nós identificamos esse problema, a gente consegue tomar as decisões mais assertivas, como por exemplo, um controle localizador de ervas daninhas, ideal para o uso em lugares de difícil acesso”, falou.