Venda de café no varejo deve subir 16% em cinco anos

Faturamento deve atingir R$ 8,745 bilhões até 2020, projeta a Mintel 

Fonte: Divulgação/Pixabay

A venda de café no mercado varejista do Brasil deve crescer 16,4% nos próximos cinco anos. O faturamento do setor deve alcançar cerca de R$ 8,745 bilhões em 2020 em comparação com atuais R$ 7,513 bilhões, conforme recém-lançada pesquisa da britânica Mintel. No cenário mais otimista, o aumento pode atingir 39,3%, para R$ 10,465 bilhões.

Segundo a consultoria, o maior interesse dos consumidores por formatos premium, como o café em cápsulas (que implica maiores volumes por porção), deve impulsionar o crescimento da categoria nos próximos anos.

A pesquisa mostra também que o café moído representa a maior parte dos lançamentos de novos produtos (49%), em 2014. Segundo a Mintel, esse resultado era de se esperar, considerando a grande participação desse tipo de formato nas vendas do segmento. Conforme a pesquisa, no entanto, o segmento de café em sachê ou cápsulas foi responsável por 25% dos novos lançamentos de produtos de café até 2014, em comparação com 3% em 2011.

– Este crescimento deve-se em grande parte aos lançamentos de cápsulas de café de várias empresas, mas que são compatíveis com as máquinas Nespresso, cuja patente exclusiva teve vencimento em 2012 – diz a Mintel, no relatório.

A pesquisa revela, ainda, que 88% dos entrevistados afirmam beber qualquer tipo de café (por exemplo, filtrado, solúvel, cappuccino) em qualquer das ocasiões citadas, como café da manhã, almoço, jantar e/ou entre as refeições, em casa ou fora de casa.

Outro aspecto constatado na pesquisa é que a maioria dos produtos de café disponíveis no mercado brasileiro não são “saborizados”. Mas os poucos que existem, normalmente têm sabores comuns, como chocolate, canela ou baunilha. De acordo com a pesquisa, 24% dos consumidores estão interessados em provar café solúvel “saborizado”, subindo para 27% entre os consumidores entre 45 e 54 anos.

Os serviços de assinatura, não só de produtos alimentícios, mas também de outras categorias, crescem em popularidade no Brasil e no mundo. De acordo com a pesquisa, 14% dos entrevistados afirmam que gostariam de ter grãos de café torrado entregues em suas casas, subindo para 16% entre aqueles com idade de 25 a 34 anos.

– Trata-se de uma boa oportunidade para as pequenas empresas tornarem-se conhecidas em todo o país – avalia a pesquisa.

Segundo a Mintel, ao comprar produtos de café, 45% dos consumidores brasileiros consideram preço como o principal fator de influência, muito à frente do fator “marca”: 20% dos entrevistados dão prioridade a uma marca conhecida no varejo e apenas 7% dão mais importância às marcas de cafeterias.

Para 10% dos entrevistados, a região em que o café é cultivado é fator principal de influência na compra do grão para ser feito em casa. O Brasil, maior produtor e exportador do grão, tem tradicionais regiões produtoras desde o norte do Paraná até a Bahia.