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Trump: Uso de força em Hong Kong pode afetar acordo com China

O presidente dos EUA afirmou ainda acreditar que o presidente chinês Xi Jinping será capaz de resolver a questão por meio de conversas com os manifestantes

Donald Trump
Foto: The White House

O presidente americano Donald Trump indicou que as negociações entre os Estados Unidos e a China podem ser afetadas caso Pequim faça uso de violência para conter manifestantes em Hong Kong. Ele expressou preocupação a respeito de ‘um novo incidente como do da Praça da Paz Celestial’, referindo-se a um ataque militar contra manifestantes pró-democracia ocorrido em Pequim em 1989.

Trump disse que caso Pequim decida pelo uso da força, será difícil fechar um acordo comercial com a China. E indicou que o congresso americano poderá tomar uma postura mais rígida em relação ao país, estragando o ambiente das negociações.

Ele afirmou ainda acreditar que o presidente chinês Xi Jinping será capaz de resolver a questão por meio de conversas com os manifestantes. Ele disse que quer que a situação em Hong Kong seja resolvida de forma humanitária, o que seria um desenvolvimento positivo para um acordo comercial. Há expectativa de que ele converse ao telefone com o chinês em breve para pedir pela resolução pacífica da situação.

Entenda

As manifestações em Hong Kong são mais um capítulo dos protestos de rua iniciados em junho contra um polêmico projeto de lei que permitiria que habitantes de Hong Kong fossem extraditados e processados judicialmente na China continental.  Para os críticos, se aprovada, a lei intimidará e penalizará opositores e dissidentes do regime chinês. Já os defensores argumentam que ela visa preencher um vácuo, já que não existem fórmulas legais de extradição entre Taiwan, Hong Kong e a China continental.

A transferência de Hong Kong e Macau para a República Popular da China, em 1997 e 1999, respectivamente, decorreu sob o princípio “um país, dois sistemas”, precisamente o que os opositores às alterações da lei garantem estar agora em questão.

Para as duas regiões administrativas especiais da China foi acordado um período de 50 anos com elevado grau de autonomia, em nível executivo, legislativo e judiciário, sendo o governo central chinês responsável pela política externa e de defesa.

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