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Taxa de desemprego recua para 11% no trimestre encerrado em novembro

O número de pessoas ocupadas, de 93,2 milhões, é a maior desde 2012. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios , do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

A taxa de desemprego no país ficou em 11,6% no trimestre encerrado em novembro deste ano. O índice é inferior aos 12,1% registrados no trimestre encerrado em agosto e aos 12% de novembro do ano passado. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira, dia 28.

De acordo com a pesquisa, a população desocupada ficou em 12,2 milhões em novembro, 3,9% a menos do que em agosto e 2,9% abaixo de novembro do ano passado.

A população ocupada, de 93,2 milhões, é a maior da série histórica, iniciada em 2012. O número de pessoas empregadas é 1,2% maior, mais 1,1 milhão de pessoas,  em comparação a agosto e 1,3% maior que novembro de 2017.

A taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 23,9%, ou seja, 0,5 ponto percentual abaixo de agosto, 24,4%, e estatisticamente igual à de novembro de 2017. A taxa inclui os desocupados, aqueles que trabalham menos do que poderiam (subocupados por insuficiência de horas) e pessoas que não estão trabalhando mas que têm potencial para integrar a força de trabalho, a chamada força de trabalho potencial.

O total da população subutilizada chegou a 27 milhões, 1,7% a menos que agosto, mas 1,8% a mais que novembro de 2017.

O número de pessoas desalentadas, ou seja, aquelas que desistiram de procurar emprego, ficou em 4,7 milhões, estável em relação a agosto, mas 9,9% maior que novembro de 2017, 4,3 milhões. O percentual de pessoas desalentadas ficou estável em relação ao trimestre anterior com 4,3% e aumentou 0,3 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2017, com 3,9%.

O número de empregados no setor privado com carteira assinada foi de 33 milhões de pessoas, apresentando estabilidade em ambas as comparações. Já o número de empregados sem carteira assinada, 11,7 milhões, foi o maior da série histórica e subiu em ambas as comparações: 4,5% na comparação com agosto e 4,7% em relação a novembro de 2017.

“O ponto positivo é que o volume do mercado de trabalho aumentou. Mas a característica desse trabalho é a informalidade. E sabemos o prejuízo que isso traz a longo prazo. Não há, por exemplo, a contribuição para a Previdência. Um exemplo é a entrada de trabalhadores no transporte, com os aplicativos, que não têm carteira assinada e nem vínculos formais com as empresas ou aqueles ocupados com a venda de quentinhas”, disse o pesquisador do IBGE Cimar Azeredo.