Superávit comercial do agronegócio paulista cai 13,34%

Desempenho negativo reflete queda nas exportações entre janeiro a maio de 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior.A balança comercial do agronegócio paulista gerou superávit de US$ 4,09 bilhões nos primeiros cinco meses de 2015, queda de 13,34% ante os US$ 4,72 bilhões de igual período de 2014, informou o Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão da Secretaria Agricultura do Estado de São Paulo.

Fonte: Imprensa/ GEPR

O desempenho negativo ocorreu principalmente pelo recuo de 12,9% nas exportações entre os períodos, de US$ 7,29 bilhões entre janeiro e maio de 2014 para US$ 6,35 bilhões em igual período de 2015.

Já as importações do agronegócio paulista recuaram 12,06%, se comparados os mesmos períodos de 2014 e 2015, e variaram de US$ 2,57 bilhões para US$ 2,26 bilhões, respectivamente. O desempenho do setor em 2015 permanece melhor que o registrado em toda a balança comercial de São Paulo, cujo déficit entre janeiro e maio chegou a US$ 10,33 bilhões. Sem o agronegócio, o rombo no período seria de US$ 16,68 bilhões na balança comercial paulista.

O agronegócio paulista respondeu ainda, entre janeiro e maio de 2015, por 18,6% de todas as exportações do agronegócio brasileiro, ante 18,5% em igual período de 2014, e por 37,7% das importações, ante 36,1% se comparados os mesmos períodos. 

Preços ao produtor 

O IEA também informou que o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) encerrou o mês de maio com alta de 0,52%. 

O IqPR-V, indicador dos produtos de origem vegetal, subiu 1,71%, enquanto o IqPR-A, para preços de origem animal, apresentou queda em maio de 3,04%.

Nos últimos 12 meses, os preços recebidos pelos produtores paulistas mostram variações positivas para o IqPR de 4,02%, de 2,85% para o IqPR-V e de 7,22% para o IqPR-A.

A alta em maio foi puxada pela cana-de-açúcar, que subiu 3,07% por conta do início da nova safra e com os novos cálculos para a remuneração dos produtores balizados pelos preços do açúcar e do etanol.

Sem a inclusão da cana, que tem São Paulo como a maior região produtora mundial da cultura, o IqPR fecharia com baixa de 2,22% em maio, mas teria alta de 5,69% em 12 meses. Já o IqPR-V (cálculo somente dos produtos vegetais) teria baixa de 1,33% no mês passado e alta de 3,11% nos doze últimos meses sem a cana.

Além da cana, entre os produtos que tiveram maior alta em maio estão o tomate para a mesa, com aumento de 23,34%, laranja para mesa (17,15%) e feijão (3,86%). A alta do tomate ocorreu por conta da entressafra e ainda pela baixa produtividade das lavouras de inverno. Os preços do tomate encerraram o mês 29,74% superiores aos de igual período de 2014. No caso da laranja para mesa, a valorização neste mês foi decorrente da melhor qualidade da fruta para consumo. Para o feijão, os baixos preços de 2014 afastaram produtores do plantio em 2015 e a oferta do alimento recuou, pressionando os valores este ano, que estão 53% superiores aos de igual período de 2014.

Já entre os produtos que apresentaram maior queda maio estão a batata, com recuo de 28,87%, banana nanica (18,31%), ovos (8,14%), milho (8,05%) e carne de frango (5,65%). Com isso, dos produtos avaliados oito apresentaram alta de preços, todos de origem vegetal e 10 apresentaram queda (cinco vegetais e cinco de origem animal) em maio.