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Soja: Chicago sobe, dólar cai e preços ficam estáveis no Brasil

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

soja verde
Foto: Pixabay

A quinta-feira, dia 27, foi de preços pouco alterados no mercado brasileiro de soja. A Bolsa de Mercadorias de Chicago apresentou altas para o grão, mas o dólar caiu, compensando. Isso levou o mercado nacional a ter poucas mudanças nas cotações. O ritmo de negócios foi lento mais uma vez.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira, dia 27, com preços em alta. O mercado encontrou suporte no relatório de exportações semanais americanas para encaminhar a terceira sessão consecutiva de ganhos moderados.

As vendas ficaram dentro do esperado, mas o anúncio de venda para a  Argentina e o bom resultado do farelo animaram o mercado.  As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2018/2019, com início em 1° de setembro, ficaram em 870.700 toneladas na semana encerrada em 20 de setembro. A maior parte desse total teve como destino origens não reveladas, com 351.700 toneladas.

Destaque também para a venda de 96.100 toneladas para a Argentina. Analistas esperavam entre 700 mil a 1,3 milhão de toneladas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

As vendas de farelo de soja ficaram em 147.300 toneladas na semana encerrada em 20 de setembro. Para a temporada 2018/2019, ficaram em 511.900 toneladas. O mercado esperava um número entre 100 mil e 350 mil toneladas.

Os traders também buscaram se posicionar frente ao relatório dos estoques trimestrais do USDA, que será divulgado amanhã. Os estoques trimestrais norte-americanos até 10 de setembro deverão ficar acima do número indicado pelo Departamento em igual período do ano passado.

A projeção é de analistas e corretores entrevistados pelas agências internacionais, que indicam estoques trimestrais de 394 milhões de bushels. O relatório trimestral será divulgado nesta sexta-feira, 28.

Em igual período do ano anterior, o número era de 302 milhões de bushels. Em junho, os estoques trimestrais eram de 1,222 bilhão de bushels.

Soja no mercado físico – por saca de 60 kg

  • Passo Fundo (RS): R$ 89
  • Cascavel (PR): R$ 88,50
  • Rondonópolis (MT): R$ 81
  • Dourados (MS): R$ 83,50
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 95,50
  • Porto de Rio Grande (RS): R$ 95
  • Porto de Santos (SP): R$ 95
  • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 95
  • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

    • Novembro/2018: US$ 8,55 (+5 cents)
    • Janeiro/2019: US$ 8,69 (+5,25 cents)

Milho

O mercado brasileiro de milho teve uma quinta-feira de preços estáveis e movimentação lenta nos negócios. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a movimentação do mercado segue discreta, diante do conturbado cenário político-econômico.

“Apesar do reajuste da taxa básica de juros norte-americana, o câmbio esteve abaixo da linha de R$ 4 por dólar no decorrer do dia, limitando as negociações nos portos. Com a indefinição em torno das eleições, torna-se ainda mais difícil delimitar estratégias de compra ou de venda no curto prazo”, diz Iglesias.

Chicago

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos para o milho fecharam com preços mais baixos. O mercado foi sustentado pelo bom desempenho das vendas líquidas semanais dos Estados Unidos, que ficaram acima do esperado.

De acordo com o USDA, as vendas para a temporada comercial 2018/2019, que tem início em 1º de setembro, ficaram em 1,712 milhão de toneladas na semana encerrada em 20 de setembro. O maior importador foi o México, com 623,2 mil toneladas – analistas esperavam entre 900 mil e 1,5 milhão de toneladas.

Investidores também se posicionaram diante do relatório de estoques trimestrais dos EUA, que serão divulgados nesta sexta. Os estoques trimestrais norte-americanos de milho até 1º de setembro deverão ficar abaixo do número indicado pelo USDA.

A projeção de analistas e corretores entrevistados por agências internacionais indicam estoques trimestrais de 2,002 bilhões de bushels. Em igual período do ano anterior, o número era de 2,293 bilhões de bushels. Em junho, os estoques trimestrais eram de 5,306 bilhões de bushels.

Milho no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Rio Grande do Sul: R$ 43
      • Paraná: R$ 35
      • Campinas (SP): R$ 40
      • Mato Grosso: R$ 28
      • Porto de Santos (SP): R$ 39
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 38,50
      • São Francisco do Sul (SC): R$ 38,50
      • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

      • Dezembro/2018: US$ 3,64 (+1,75 cent)
      • Março/2019: US$ 3,76 (+1,5 cent)

Café

O mercado brasileiro de café teve um dia de preços entre estáveis e mais baixos, mesmo com as cotações em Nova York terem fechado em alta. O fato de a bolsa americana ter tido perdas significativas em parte do dia e do dólar ter caído pressionaram as cotações no Brasil.

Com isso, o mercado nacional acabou cedendo nos valores em relação ao dia anterior. O ritmo de negócios foi lento, e o comprador se mostra bem posicionado com seus estoques no momento, fatores negativos para as cotações.

Nova York

Na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US), os contratos para o café arábica encerraram as operações desta quinta com preços acentuadamente mais altos.

O mercado teve uma sessão de altos e baixos. A bolsa chegou a ter perdas expressivas e marcou na mínima para dezembro 96,90 centavos de dólar por libra-peso. Entretanto, o mercado encontrou boa recuperação técnica, subindo bem ante cobertura de posições vendidas e escorando os ganhos na desvalorização do dólar contra o real no Brasil.

Na máxima do dia, o contrato dezembro chegou a 99,55 centavos de dólar por libra-peso. Segue como patamar de referência para a bolsa a linha de US$ 1 a libra-peso. O mercado na subida não conseguiu atingir esse nível.

Londres

A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres seguiu Nova York nos contratos futuros para o café robusta, encerrando operações na quinta-feira com preços moderadamente mais altos.

O mercado oscilou entre os terrenos negativo e positivo no dia, e, no final, a recuperação do arábica em Nova York puxou para cima também as cotações do robusta londrino. Fatores técnicos predominaram na sessão.

Café no mercado físico – por saca de 60 kg

    • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 395 a R$ 400
    • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 400 a R$ 405
    • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 340 a R$ 345
    • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 315 a R$ 318
    • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – por libra-peso

      • Dezembro/2018: US$c 99,3 (+1,55 cent)
      • Março/2019: US$c 102,65 (+1,5 cent)

Café robusta na Bolsa de Londres (Liffe) – por tonelada

      • Novembro/2018: US$ 1.516 (+US$ 5)
      • Janeiro/2019: US$ 1.512 (+US$ 4)

Boi

A maioria das praças pecuárias  fecharam com estabilidade desta quinta-feira, dia 27, no mercado do boi gordo. De acordo com a Scot Consultoria,  as duas altas foram em estados do Norte do país.

Em Rondônia, a arroba teve valorização R$ 1 frente ao fechamento da última quarta-feira, uma alta de 0,7%. Desde o início do mês a valorização foi de 2,9% no estado. Para o norte do Tocantins o acréscimo foi de 0,4% na comparação diária e as escalas de abate curtas mostram a dificuldade dos frigoríficos em adquirir matéria-prima para compor os estoques.

Em São Paulo, a cotação se manteve estável e a oferta de lotes maiores alongaram um pouco as programações de abate, que atendem em torno de seis dias. Foram registradas indústrias com escalas maiores e essas estão fora das compras nesta quinta-feira.

A margem de comercialização dos frigoríficos que fazem a desossa está em 19,0%, alta de dois pontos percentuais na comparação diária.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

      • Araçatuba (SP): R$ 151,50
      • Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
      • Goiânia (GO): R$ 140
      • Dourados (MS): R$ 147
      • Mato Grosso: R$ 129 a R$ 134
      • Marabá (PA): R$ 137
      • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,45 (kg)
      • Paraná (noroeste): R$ 149,50
      • Sul (TO): R$ 138
      • Veja a cotação na sua região

 


Dólar e Ibovespa

A cotação da moeda norte-americana recuou nesta quinta-feira abaixo do patamar de R$ 4, com queda de 0,79%, cotado a R$ 3,9943 para venda. O dólar acumula até esta quinta-feira, penúltimo pregão do mês de setembro, um recuo de 1,92% ante o real invertendo a alta valorização de 8,46% no mês de agosto.

O Banco Central seguiu com os leilões tradicionais de swaps cambiais, concluindo rolagem de venda futura de dólares.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), terminou o pregão em alta de 1,71%, com 80 mil pontos. Os papéis da Petrobras colaboraram para o fechamento em alta, com valorização de 6,29%, seguidos por Itau com alta de 2,75%.


Previsão do tempo para sexta-feira, 28

Sul

A chuva segue de forma generalizada na região Sul sob o efeito de instabilidades que se formam nos níveis mais altos da atmosfera. Desta vez, a chuva ganha força em praticamente todo o Rio Grande do Sul, além da faixa oeste entre Santa Catarina e Paraná. Não se descarta o risco para temporais até com queda de granizo.

Além da chuva, há rajadas de ventos acima de 50 km/h no litoral gaúcho e risco para ressaca com ondas acima de 3 m de altura entre Chuí (RS) e Laguna (SC).

Sudeste

A chuva persiste em boa parte do Sudeste devido a uma área de baixa pressão atmosférica na costa, ainda em forma de pancadas intercaladas com períodos de céu nublado. Os maiores acumulados ficam concentrados em áreas do interior paulista, além do leste mineiro, onde não se descarta o risco para temporais acompanhados por descargas elétricas e queda de granizo.

Tempo firme somente no norte mineiro e também no norte do Espírito Santo, sob o efeito de uma ar mais seco.

Centro-Oeste

Ainda chove em praticamente toda a região, sob o efeito de instabilidades em altitude. Desta vez, os maiores acumulados e riscos para temporais se concentram no estado de Mato Grosso do Sul, de forma generalizada, e também no extremo sul de Mato Grosso, não se descartando a possibilidade para queda de granizo.

O sol predomina sobre o norte de Goiás e áreas do nordeste mato-grossense, por conta de um ar mais seco.

Nordeste

A chuva persiste apenas em áreas do litoral leste nordestino devido aos ventos úmidos que sopram do mar contra a costa. A chuva ocorre em forma de pancadas fracas e isoladas. Enquanto isso, na maior parte da região, o sol brilha forte entre poucas nuvens e faz muito calor.

Norte

A chuva se espalha pela maior parte da região, ainda de forma rápida e sem grande intensidade. O tempo firme volta a predominar em todo o Tocantins, com o avanço de uma massa de ar seco que inibe a formação de nuvens carregadas.