Segundo leilão de opções da Conab negocia 86,2% da oferta de café

Prêmio médio saiu por R$ 1,906 a saca, com ágio de 11,1% em relação ao valor de aberturaO segundo leilão de contratos de opção de venda de café realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) negociou 8.615 contratos dos 10 mil ofertados. Cada contrato arrematado nesta sexta, dia 20, equivale a 100 sacas de café arábica e tem exercício de opção para março de 2014, com preço de referência de R$ 343 por saca. O prêmio médio foi de R$ 1,906 por saca.

No pregão desta sexta houve disputa pelos lotes em Minas Gerais, onde foram arrematados todos os 7 mil contratos ofertados (700 mil sacas), com ágio de 13,7% em relação ao valor de abertura do prêmio, que fechou em R$ 1,95 a saca. Em São Paulo, também foram arrematados todos os 1,4 mil contratos (140 mil sacas) ofertados, e houve ágio de 0,4%, com fechamento do prêmio a R$ 1,722 a saca.

No Espírito Santo, onde foram ofertados 700 contratos (70 mil sacas), houve demanda por apenas 10,7% deles, que foram negociados pelo prêmio de abertura de R$ 1,715 a saca. A demanda também se manteve baixa na Bahia, onde foram arrematados sem ágio apenas 30 contratos, que correspondem a 7,5% dos 400 contratos (40 mil sacas) ofertados. No Paraná, a demanda aumentou em relação ao primeiro leilão, mas foram negociados apenas 22% (110 contratos) dos 500 ofertados pela Conab, sem ágio.

No primeiro leilão de contratos de opções de venda de café, realizado na na sexta passada, dia 13, foram negociados 85,6% da oferta. As negociações desse tipo de contrato realizadas pela empresa pública estão entre as medidas do governo federal, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para apoiar a comercialização de café no Brasil. Ao todo, o aporte de recursos é de R$ 1,05 bilhão para essas operações, mas o montante destinado na safra atual para o setor cafeeiro já soma R$ 5,8 bilhões.

Preço em queda

Os preços mais baixos do café no mercado explicam o maior interesse dos cafeicultores no leilão de contratos de opção de venda futura da Conab, segundo avaliação da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé).
 
O Indicador Cepea/Esalq do tipo 6 do arábica recuou 3,75%.

– Além disso, deu tempo de alguns produtores se acertarem com a documentação. E não podemos nos esquecer do dólar, que caiu – disse o superintendente comercial da cooperativa, Lúcio Dias.
 
Dias ponderou que esse resultado pode não se repetir no próximo leilão, que será realizado na sexta, dia 27.

– Há o saldo de Bahia, Espírito Santo e Paraná para ser comercializado ainda – explicou.

Nos dois últimos pregões, apenas em São Paulo e em Minas Gerais houve negociação de 100% do volume ofertado.

Agência Estado