Produtores querem estimular a exportação de café com valor agregado

Assunto foi um dos temas discutidos a 10 ª Reunião Ordinária do Conselho Diretor do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO café é uma das commodities que mais oscila nas bolsas de valores. Segundo os pesquisadores, uma forma de garantir preço em toda a cadeia produtiva é estimular a exportação do produto com valor agregado. Este e outros assuntos foram discutidos nesta quarta, dia 199, em Londrina (PR) durante a 10 ª Reunião Ordinária do Conselho Diretor do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café.

O Brasil produz, em média, 38 milhões de sacas de café por safra. A pesquisa tem feito sua parte, melhorando a qualidade dos grãos. Mas, o setor pede a valorização e apoio do governo federal para acelerar as exportações do produto com valor agregado, e não apenas do café beneficiado. Para produtores e especialistas, este é o melhor caminho para se aumentar a renda da cafeicultura e garantir o mercado internacional.

De acordo com especialistas, o que não falta no café brasileiro é qualidade. No entanto, o Brasil ainda tem poucas lavouras de cultivo orgânico, o que está sendo cada vez mais procurado no mercado internacional. O alto custo e a insegurança do mercado estão entre os motivos que dificultam a esta mudança na produção de café. O cafeicultor nacional ainda procura primeiro saber o custo da mudança. O Consórcio Brasileiro de Café, que reúne 40 instituições e 12 Estados produtores, tenta transformar esta postura através do programa integrado de produção. O projeto quer aproximar o cafeicultor das certificadoras, por exemplo, para ajustar o produto ao mercado.

Para o presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Baldonedo Arthur Napoleão, o cafeicultor vive hoje o dilema de ter que inovar no mercado, mas ao mesmo tempo, calcular os efeitos da crise internacional ele acredita que pelo menos o preço para 2009 pode melhorar.