Produtoras rurais são beneficiadas pelo Programa de Gênero e Cooperativismo

Vendas geram receita mensal de R$ 40 mil para a Cooperativa de Flores da ParaíbaA paraibana Maria Helena dos Santos mora em Pilões/PB, município com 7,8 mil habitantes, a 140 quilômetros de João Pessoa, capital do Estado. Como dona-de-casa, cuidava dos quatro filhos. Não tinha emprego, nem renda. Mas, a partir de 1999, decidiu ser produtora rural e passou a integrar um grupo de 21 mulheres que formaram a Cooperativa de Flores do Estado da Paraíba (Cofep), um dos exemplos de sucesso apresentados nessa semana no 1º Fórum Nacional de Gênero e Cooperativismo: Integrando a Famíl

Maria Helena conta que, quando começou a trabalhar no campo, seu padrão familiar mudou completamente.

? Pude dar uma condição de vida melhor aos meus filhos e passei a ser vista como uma mulher produtiva. Meu marido me respeita mais e acredita no meu potencial. Hoje, me sinto realizada ? enfatizou.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio do programa Coopergênero, que visa à inclusão da mulher nas cadeias produtivas, liberou cerca de R$ 50 mil para capacitação da equipe de trabalhadoras da Cofe, em 2005. Neste ano, estão sendo destinados mais R$ 87 mil, também para capacitação.

A presidente da cooperativa, Karla Rocha, considera fundamental o apoio e as ações desenvolvidas pelo Ministério.

? Nós tínhamos terra, mão-de-obra e mercado. Só nos faltava conhecimento. Foi com a capacitação das produtoras que a cooperativa pôde se desenvolver ? destacou.

Atualmente, a Cofep produz flores diversas, como rosas, gérberas, gladíolos e gipsófilas. No início, o único produto era o crisântemo. A equipe cresceu e já são 87 mulheres na cooperativa. A produção da empresa é de mil pacotes de flores por semana, cada um com 25 hastes. As vendas são destinadas aos municípios do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba. A receita mensal da cooperativa atinge R$ 40 mil.