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Produção de grãos: Conab estima crescimento de 2,5% no ciclo 2018/2019

Entidade afirma que safra pode chegar a 233,3 milhões de toneladas, mantendo-se como a segunda maior registrada na série histórica do país

Foto: Cidasc

A safra de grãos 2018/2019 deve alcançar a marca de 233,3 milhões de toneladas no Brasil, aumento de 2,5% em comparação à temporada passada, mantendo-se como a segunda maior registrada na série histórica do país. Os dados fazem parte do sexto levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira, dia 12.

De acordo com o órgão, o bom resultado foi puxado principalmente pela na produção de milho segunda safra. Além disso, soja e algodão também contribuíram com aumento da estimativa.

Em relação a área plantada, a entidade calcula que deverá alcançar 62,9 milhões de hectares e também é como a maior já registrada no país. O incremento esperado é de 1,9% ou 1,15 milhão de hectares em relação à safra passada.

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Soja

Responsável por cerca de 46% da produção nacional de grãos, a soja terá uma redução de 4,9%, chegando a 113,4 milhões de toneladas. A quebra de safra prevista em 5,8 milhões de toneladas pode ser observada em importantes estados que cultivam a oleaginosa, como Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul e na região do Matopiba, principalmente na Bahia.

em relação à área plantada dessa cultura, há previsão de crescimento de 1,9% em relação à safra passada.

Milho

No caso do milho, a produção total deverá atingir 92,8 milhões de toneladas, alta de 15% em relação ao ciclo anterior.

Já a primeira safra do cereal deve chegar a 26,2 milhões de toneladas, queda de 2,2%. A área plantada pode chegar em 5,0 milhões de hectares, queda de 57% em relação a temporada de 2017/2017.  

Para a segunda colheita do milho, a expectativa é que a produção chegue a 66,6 milhões de toneladas, volume 23,6% superior ao registrado na safra passada. “Esse resultado é reflexo da maior área”, afirma o superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Cleverton Santana.

“Com 80% dos grãos já plantado, os agricultores devem destinar 12 milhões de hectares para plantio ao invés dos 11,5 milhões de hectares da safra passada”. afirmou Santana.

O superintendente ressalta ainda que a produtividade deve melhorar. “A expectativa é que sejam colhidos 5.228 quilos por hectare, mas estamos trabalhando com dados estatísticos, uma vez que ainda não é possível aferir o desempenho do milho nas lavouras”.

Algodão

O estuda aponta que o algodão também teve destaque positivo, chegando a uma produção de até 2,6 milhões de toneladas da pluma, um incremento que chega a 28,4% sobre a safra passada. Com um cenário de mercado favorável para o produto, os agricultores brasileiros investiram em uma maior área plantada, que deve atingir a marca de 1,6 milhão de hectares.

Para o algodão em caroço, estima-se uma alta de 28,4% na produção, com 3,8 milhões de toneladas, contra 3 milhões de toneladas do ciclo anterior.

Feijão

O feijão também apresentou produção menor na primeira safra. Com uma colheita de 987,5 mil toneladas, a queda pode chegar a 23,2%. Com menos produto no mercado, o preço da leguminosa está atrativo para os produtores, o que incentiva uma maior área plantada na segunda safra do grão, que poderá resultar em uma produção de 1,36 milhão de toneladas.

O número é impulsionado pelo aumento do feijão tipo cores, que tende a crescer em 28% e, na variedade preto, alta de 20,9% na segunda safra. No caso do feijão-caupi a tendência é de uma queda de 6%, principalmente pela expectativa de redução da área cultivada em Mato Grosso.