Preço do café deve subir a partir do segundo semestre, diz Rabobank

A consolidação da safra brasileira, com o fim de especulações no mercado internacional, e a tendência de consumo dos estoques globais podem impulsionar a alta

Fonte: Divulgação/Pixabay

Os preços internacionais do café deverão reagir no médio e no longo prazos, passando dos atuais níveis, que estão abaixo de US$ 120 a libra-peso, conforme o café arábica negociado na Bolsa de Nova York, para uma faixa de até US$ 133 a libra-peso último trimestre de 2018 e primeiro de 2019. A projeção foi feita pelo  Rabobank durante a Feira Nacional da Irrigação em Cafeicultura (Fenicafé).

Segundo o analista sênior do banco, Guilherme Morya, no curto prazo uma reação é muito difícil. “Mas, no segundo semestre, com a consolidação da safra brasileira, ou seja, sem mais especulações à respeito de uma supersafra, e com a tendência dos estoques globais começarem a ser consumidos, esperamos uma reação nos preços”, disse.

Morya ainda explica que entre agosto e setembro o mercado já estará discutindo o quão menor será a próxima safra do Brasil. “Teremos também os produtores da América Central diminuindo safras depois de três anos consecutivos de altas”, apontou.

Apesar disso, as projeções podem ser alteradas por eventos climáticos, como geadas no Brasil no inverno ou por estiagem em alguma origem da Ásia. “Mas a bienalidade negativa do arábica no Brasil e em outras origens é que nos fazem ter uma expectativa positiva de preços para a partir do segundo semestre”, concluiu.