Leite

Leite: preço pago ao produtor sobe quase 2% em janeiro, diz Scot

De acordo com relatório divulgado pela consultoria, essa é a primeira alta registrada após quatro meses de quedas consecutivas

leite de vaca
Foto: Seagri-DF

O preço do leite pago ao produtor subiu em janeiro, referente a produção de dezembro de 2018, depois de quatro meses em queda. De acordo com levantamento realizado pela  pela Scot Consultoria, na média nacional, o aumento foi de 1,7%, em relação ao último pagamento.

A alta foi um reflexo da produção de leite em queda nas principais bacias leiteiras do país e maior concorrência entre as indústrias pela matéria-prima. O pico de produção foi em dezembro/2018.

Em janeiro, segundo o Índice Scot Consultoria de Captação de Leite, a produção nacional diminuiu 2,2%, segundo os dados parciais. Para o pagamento a ser realizado em fevereiro, 56% dos laticínios pesquisados pela consultoria acreditam em alta no preço do leite e os 44% restantes falam em manutenção, em relação ao pagamento anterior.

 O viés no mercado do leite é de alta em curto e médio prazos, levando em conta a queda prevista na produção nos próximos meses. Os preços subiram também no mercado à vista e no atacado e varejo de produtos lácteos, refletindo a menor disponibilidade matéria-prima e maior concorrência entre as indústrias.

No mercado spot, os valores máximos em São Paulo chegaram a R$ 1,70 por litro e em Minas Gerais foram verificados negócios em até R$ 1,75 por litro, posto na plataforma.

Custo de produção 

Ainda segundo o Índice Scot Consultoria, neste início de 2019, o custo de produção da pecuária leiteira começou em alta. Em janeiro o indicador subiu 1,6% em relação a dezembro último. O aumento do salário mínimo e a alta dos preços dos concentrados energéticos, principalmente a do milho, puxaram o indicador para cima em janeiro.

Outros insumos, porém, contrapuseram a subida do índice, como os fertilizantes, medicamentos veterinários, suplementos minerais e defensivos agrícolas. A desvalorização do dólar também impactou nas cotações.

No caso do farelo de soja, além do câmbio, a colheita da safra da soja e aumento dos esmagamentos pressiona para baixo os preços no mercado brasileiro.