Leite

Após morte do pai, produtor dá a volta por cima e duplica a produção de leite

Depois de perder o patriarca, os irmão Kléber e Heber Fagundes decidiram reduzir o número de animais, mas mesmo assim conseguiram aumentar a produtividade

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Foto: Senar-MS

Além dos desafios comuns do dia a dia na produção de leite, uma família de Terenos, em Mato Grosso do Sul, teve um obstáculo a mais durante sua trajetória de superação: mesmo após o pai e chefe da produção de leite na propriedade Nossa Senhora Aparecida falecer, os filhos Kléber e Heber Fagundes, juntamente com a mãe, não desanimaram e deram continuidade ao trabalho. Após muito esforço, os resultados vieram e eles conseguiram duplicar a produção de leite, mesmo com uma diminuição no número de animais.

Após três anos de assistência técnica do Senar-MS, focada principalmente no ajuste do manejo, a propriedade de 6,5 hectares teve seu rebanho ajustado de 25 para 8 vacas lactantes. Porém, a produção de leite foi elevada de 30 litros para 70 litros por dia, na média.

“No início tudo era muito dificultoso. A sensação é que não tínhamos condições de fazer o nosso trabalho daquele jeito, era muito esforço e pouco resultado, tirávamos pouco leite de muitas vacas. Eram 30 litros com 25 fêmeas.  A partir do momento que o Senar veio, a coisa foi mudando e só foi para melhor”, comentou, emocionado, o produtor Kléber Alves Fagundes, de 40 anos.

Conforme o supervisor do programa “Mais Leite”, André Luís, que foi o técnico de campo da família Fagundes, as mudanças no manejo e na nutrição animal foram os principais motivos para a propriedade ‘decolar’ no setor leiteiro.

“Começamos o trabalho aqui na propriedade com 30 a 25 litros, por dia, de produtividade e com muitas vacas. Trabalhamos para diminuir o rebanho e melhorar a qualidade dos animais e da pastagem. Conseguimos implantar o piqueteamento com sistema racionado e inserimos a produção de silagem”, lembra o técnico.

A continuidade nos trabalhos, mesmo após o fim do programa, deixa o supervisor com sensação de dever cumprido. “O que nos deixa muito feliz é que depois de um ano do programa encerrado na propriedade eles deram continuidade no planejamento. Ficamos extremamente felizes sabendo que conseguimos fazer a diferença na vida dessas pessoas”, concluiu.

Segundo o pecuarista, a família conseguiu manter os ensinamentos que os técnicos do Senar repassaram. “Conseguimos manter o que eles deixaram de planejamento. Subiu muito a produtividade, o preço também conseguimos melhorar. Mil maravilhas!”, disse.

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